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AMOR ENTRE OCTOGENÁRIOS VENCE A PANDEMIA

O início do namoro entre Karsten Hansen, alemão de 89 anos, e Inga Rasmussen, dinamarquesa de 85 anos, foi sui generis. Ambos morando próximos em suas respectivas casas na fronteira entre o norte da Alemanha e o sul da Dinamarca, cada um em seu país. Ambos viúvos fazia alguns anos, depois de mais de seis décadas de casamento e com ambos pensando que seus dias de viver sob o mesmo teto em nova companhia já haviam terminado.
O romance começou há dois anos quando Karsten, com um buquê de flores à mão, estava a caminho de visitar, sem aviso prévio, outra viúva dinamarquesa que conhecia há décadas. Ele cruzou seu destino com Inga numa fila para comprar morangos. Impulsivamente, a presenteou com as flores e a convidou para jantar na Alemanha, desistindo da outra viúva sem mais nem menos.
Apesar de Inga recomendar a seus filhos, quando adolescentes, a nunca se casarem com alemão em virtude de ela os querer debaixo de suas asas, morando perto de sua casa. Pois bem, contra todas as expectativas, ela passou a visitar Karsten todos os dias quando preparavam uma refeição juntos, e lá passava a noite antes de voltar para a Dinamarca na manhã seguinte, e lá permanecer por apenas algumas horas.
Não há nada igual ao amor!
No entanto, esse amor foi interrompido em 13 de março último, no instante em que o governo dinamarquês anunciou que fecharia suas fronteiras para deter a Covid-19. Com medo de ser impedida de voltar à sua terra natal, Inga não vacilou, afinal de contas estava a 15 minutos de carro.
Nenhum dos dois sabia quando iriam voltar a namorar de mãos dadas. Todavia, a polícia bloqueou a estrada com apenas uma barreira frágil, a meio caminho entre as residências de ambos. Inga e Karsten decidiram lá se reunir para um piquenique todas as tardes, e atendendo a conselhos médicos, tentam evitar o contato físico de todas as maneiras. Eles se sentam cada um de um lado da fronteira, a dois metros de distância, e assim os dois amantes octogenários vão mantendo seu romance vivo, conversando, rindo e bebendo. Mas lamentando:

-O pior é que não podemos nos abraçar, não podemos nos beijar, não podemos fazer amor!
-Porém, confiando no futuro:

Estamos aqui por causa do amor!
O coronavírus mostra que não é tão desumano e desnaturado como é visto em todo o planeta. É também capaz de aflorar amor e sexo numa faixa etária considerada questão vencida e encaminhada ao arquivo morto.

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Antonio Carlos Gaio
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