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AS SAUDADES FALAM ALTO

Trechos reveladores da vida espiritual na mensagem espírita de meu pai, Jorge Manoel Gaio, em 4 de fevereiro de 2006, desencarnado em 12 de julho de 1979, pouco antes do meu avô Manoel Jorge Gaio, desencarnado em 6 de setembro de 1954, anunciar em sua primeira mensagem espírita, em 18 de março de 2006, o seu retorno do trabalho por 51 anos em diversas plagas do Plano Espiritual, sem nunca ter se comunicado até então:
“As saudades falam alto, fazendo-nos sentir a distância, independente da proximidade de nossos corações. Ficam por conta do amor que lhes dedico. Quando falamos em saudades, reportamo-nos ao aconchego doméstico, ao lar, enriquecido com filhos e afetos diversos, dos estudos, das conversas, das intimidades que temporariamente nos estão afastados. Assim reagem todos que fazem a grande viagem, independente do conhecimento e da iluminação já conquistada. Somos constantemente chamados, quase intimados a comparecer, a intervir, a decidir, como se aí estivéssemos. Sentimo-nos como se tivéssemos abandonado o barco, sem alguém que o dirigisse. Somos irmãos do amor, irmãos da fé, irmãos em Deus e em Jesus, mas por agora é a hora e o tempo de vocês decidirem, de vocês atuarem. Não nos cabe interferir, mas apenas sustentar, aproximar e intuir sempre. As decisões, porém, não são mais nossas. Queremos que cada vez mais atuem com independência e clareza, seja nos momentos de decisões particulares, seja quando deliberem sobre assistência. Gostaríamos de sempre sermos ouvidos, quando lhes renovamos o ânimo, os sustentamos nas quedas, lhes fazemos ouvir palavras de correção e amizade. Ânimo firme, vontade plena e muito amor nos corações lhes darão sempre a medida do socorro que estamos enviando.”
Em mensagens espíritas de 9 de maio de 2015 e 30 de abril de 2016, minha avó saudou minha participação mais ativa na Fundação Marietta Gaio, comigo passando a entender melhor os porquês e quais as necessidades a relevar, e concluiu que nunca é tarde para nós despertarmos – agora foi a hora! -, exaltando as orações dos Espíritos que me despertaram e me agradecendo por ter aberto os olhos para a Luz – quem tem de eternamente agradecer, sou eu!
Quando o pensamento é dirigido de desencarnado para encarnado ou vice-versa, uma corrente de fluidos, considerados universais, que ocupa todo o espaço celestial, é o veículo transmissor do pensamento, tal como o ar é do som na atmosfera terrestre.
As preces serão ouvidas de conformidade com a força do pensamento e da vontade de quem ora. Independente do lugar em que encarnados e desencarnados se encontrem, as inspirações se farão presentes, com os Espíritos nos ajudando a compreender a utilidade da prece puramente espiritual, voltada para os profundos problemas da fé, as transcendentes questões da dor, com o ofertar de graça que por graça recebem, desligando-se do egoísmo destruidor, e até sermos categorizados por outrem como loucos, pelo intenso desfrute da intuição para fazer contato com a espiritualidade.
Mas se os Espíritos sentem saudades de nós, nada mais natural de constantemente nós os convocarmos, quase intimá-los a intervir, em nosso socorro em meio às nossas frequentes quedas. Embora não mais lhes caiba interferir, nem as decisões estejam mais em suas mãos. Nem muito menos sustar as chagas das consequências do livre-arbítrio, ainda de inteira responsabilidade do encarnado.
O Doutor Bezerra de Menezes fala da saudade que os seres desencarnados sentem de seus entes queridos e que uma das formas de se perceber é quando eles se infiltram através de nossa rede de sonhos. A querer nos mostrar algo, ou mesmo aclarar, chamar-nos à razão ou apenas acenar-nos com um sutil aviso, quando não um surpreendente sorriso oriundo de um ser, outrora sempre deprimido, a revelar que tudo bem até aqui.
O amor vence as barreiras da desencarnação, segundo mensagem espírita de meu pai enviada em 20 de setembro de 1980, ao superar toda espécie de problemas íntimos, sobretudo a insegurança, trazendo-nos ao coração a consolidação de nós mesmos. Não existe distância para os que se amam. Ele se referia a toda sorte de amor.

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Antonio Carlos Gaio
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