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BOLSONARO, O VENTRÍLOQUO

O Ministério da Defesa, por cegamente cumprir ordens do ditador Bolsonaro, caiu no cúmulo do ridículo com as questões encaminhadas ao Tribunal Superior Eleitoral, pois não cabe ao Ministério, ao Exército, aos militares, nem muito menos ao Presidente se meterem nessa seara, por ser prerrogativa constitucional do Poder Judiciário a apuração eleitoral. Além do mais, as questões revelaram o atual nível da intelligentsia militar brasileira, que já demonstrou ser de uma nulidade absoluta para apoio logístico com Pazuello no comando da Saúde, sabotando a vacinação contra a Covid a mando do presidente genocida. Ministério da Defesa, Exército ou militares, todos pertencem ao Poder Executivo e não podem ter ingerência nas eleições. Quem garante é a divisão legal de atribuições entre os Três Poderes. Só o incapaz do Bolsonaro para tentar um golpe tão esfarrapado e estapafúrdio como esse, do Ministério da Defesa centralizar as demandas eleitorais ao TSE, como parte do Executivo interessada na reeleição de Bolsonaro e, portanto, na manutenção de seus cargos e de suas vantagens pecuniárias, bem como se habilitar a forjar o segundo mandato de Bolsonaro, se conseguir tumultuar e melar a apuração, ao confundir o TSE. Batendo na mesma tecla de que o Supremo Tribunal Federal precisa ser fechado, com os militares, leais e prestimosos, assumindo a apuração. O Exército finge que ainda não descobriu que o Bolsonaro de hoje é o mesmo capitão que tentou invadir um quartel em 1987, planejando explodi-lo, sendo expulso da corporação por ato de terrorismo. Vai acabar arrastando as Forças Armadas para a mesma encalacrada de um regime militar que durou 21 anos, em que torturou à exaustão, executou e desapareceu com corpos de presos políticos. É com bolsonaristas e milicianos que o Exército quer se juntar? Para fortalecer sua verdadeira mentalidade? Embora se dizendo tão íntegro, honesto e correto, quando condenava com tanta ênfase a corrupção na classe política, inclusive o Centrão. Dando palpites infelizes na política e se metendo na contagem de votos, que não é da sua jurisdição constitucional. Só porque, por força de seu armamento, poderia roubar à vontade na apuração e garantir mais quatro anos para Bolsonaro? Nem bem acabou o governo Bolsonaro, e os militares já se perderam, ao se lambuzarem com o poder. Eles são tão pouco afinados com a democracia, acostumados a torcer o rabo de quem não lhes obedece, aferrados à hierarquia. Não há que se supor ingenuidade das tropas fardadas, sendo assim: aliciamento ou identidade ideológica? As duas opções, a se considerar Bolsonaro como o ventríloquo.

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Antonio Carlos Gaio
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