BRASIL NÃO TEM MORAL PARA COLOCAR OS MILITARES NO SEU DEVIDO LUGAR

Para que Lula não viesse a ser eleito em 1989 e governar o Brasil, o povo, irmanado à elite, valeu-se de um salafrário e medíocre como o Collor, que viria ser objeto de impeachment dois anos depois. Para que Lula não viesse a ser consagrado em 2018, o Poder Judiciário manteve Lula preso por 580 dias e o impediu de se candidatar, com o povo, em parceria com os ricos, elegendo um capitão expulso do Exército, por atos de terrorismo – Bolsonaro passaria a ser identificado como psicopata, genocida, destruidor da Natureza, ainda que um reles ladrão. Para que Lula não fosse eleito em 2022, Bolsonaro comprou o povo brasileiro com o auxílio emergencial e outras benesses não permitidas de serem aprovadas por lei em ano de eleição, justamente para não interferir no pleito. Sempre um marginal, ameaçando com um golpe militar, apoiado pelas Forças Armadas, para manter o povo na ignorância e obstar governos progressistas que trabalham em prol da elevação do padrão de educação. Como, então, cobrar de Lula não ter combatido essa frente ampla do atraso e impedido os atos golpistas de 8 de janeiro, o dia mais grave da vida nacional desde a redemocratização? Se o Brasil é um país que não tem moral para colocar os militares no seu devido lugar e o poder de mando se restringir aos civis a serviço de uma república laica? Como desmilitarizar o GSI, o órgão responsável pela inteligência e segurança do presidente da República? Que escondeu imagens da invasão que comprometem as Forças Armadas, abraçando bolsonaristas vestidos com a camisa amarela da seleção brasileira, pautados pela omissão. Como impedir o golpe logo que Lula tomou posse, diante desta assustadora realidade brasileira, se o Exército de Bolsonaro estava de plantão em seus quartéis-generais, pronto para o que desse e viesse? A nossa sorte é nos agruparmos num país que não deve ser levado a sério, em vista do que o comandante das forças golpistas, ainda presidente, fugiu para Miami a fim de não ser preso pelo governo eleito, sob o pretexto de não passar a faixa presidencial para Lula. Mais ridículo, impossível, ainda mais vindo de um covarde e inútil, que só veio ao mundo para destruir e odiar.