No Espiritismo, Lázaro, que foi ressuscitado por Jesus, significa um exemplo poderoso da crença em uma vida após a morte e na possibilidade de superar a morte física, além de renovar a esperança na continuidade da alma. Segundo o Espírito Lázaro, em 1861, a afabilidade e a doçura costumam ser a forma de a benevolência se manifestar em função do amor ao próximo.
No entanto, as aparências enganam. Quantos não há cuja fingida bondade nada mais é do que uma roupagem bem talhada e pensada para esconder as piores deformidades! Guardam um sorriso nos lábios e são mansos desde que não tentem machucá-los, mas que mordem à menor contrariedade, transformando sua língua em dardo envenenado, se remetidos à uma condição inferior.
A esta classe se juntam os tiranos travestidos de homens benignos com o peso de seu orgulho, que anseiam ser temidos pelos que não conseguem lhes resistir. Todavia, não ousam agir autoritariamente com estranhos cuja força desconhecem e que poderiam colocá-los no seu devido lugar. Ou seja, “aqui, eu mando e sou obedecido”, ignorando que as vaquinhas de presépio os detestam, muito embora estejam sempre a balançar a cabeça em sinal de aprovação a tudo que os tiranos repetem exaustivamente.
Trata-se de rematada hipocrisia se os lábios verterem mel e o coração não participar dessa afabilidade e doçura – se são fingidas. Pode-se enganar os homens pela aparência, mas não a Deus, que a tudo vê e escuta.
A ducentésima quadragésima intervenção espiritual, em 16 de maio de 2025, se iniciou com cânticos no intuito de abrir caminho para os espíritos curadores, prosseguindo com a leitura de “Vinha de Luz”, 148 (“Membros divinos”), de Chico Xavier pelo Espírito Emmanuel, e estudo preliminar do capítulo 9 (“Bem-aventurados aqueles que são mansos e pacíficos”), item 6 (“A afabilidade e a doçura”) do livro de Allan Kardec, “O Evangelho segundo o Espiritismo”.
O Espírito Emmanuel diz que é indiscutível que Jesus pode tudo, mas, para fazer tudo, não prescinde da colaboração do ser humano que lhe procura as determinações. Os cooperadores fiéis são o corpo de trabalho em sua obra redentora. Que haja, pois, legítimo entendimento entre o servo e o orientador, demonstrando harmonia de vistas e objetivos, em primeiro lugar.
Ao mesmo tempo em que Deus age em nós, a favor de nós.
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