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CLIMA DE TRINCHEIRA

Engana-se quem julga o Rio de Janeiro como o pólo da atração sexual, motivado pela garota de Ipanema, fio dental, obsessão no bronzear-se, de mandar na lata o desejo, e na prostituição mal disfarçada ao longo da orla.
É o que se pode depreender do “Estudo da Vida Sexual do Brasileiro” efetuado pela psiquiatra Carmita Abdo dentre 7 mil entrevistados. E aí vem a surpresa. Com corpo malhado, sol e praia, a mulher carioca é a que menos ajoelha para rezar e a que mais costura para fora. Preconceito por preconceito, Renato Gaúcho discorda, cansado de meter gols no adversário e de apagar o fogo de narizinhos empinados. Ele só não gosta de levar bola nas costas.
Entre os homens, os baianos são os que mais traem e os pernambucanos levam a medalha de ouro no capítulo da freqüência sexual. Provavelmente inspirados em figuras públicas de renome que adoram se exibir trocando de miss ou modelo periodicamente. Tendem a mentir em pesquisas do gênero para mostrar serviço ou encobrir performances abaixo da expectativa. Teriam que combinar com as mulheres cujas respostas apresentam discrepância, refletindo recato, como as paranaenses que despontam como as mais fiéis.
Ao contrário do que se pensa, travar relações sexuais em porções módicas não significa inapetência e sim uma busca de maior qualidade para alcançar o dia mais fértil às carícias, apertões, ao entrelaçamento e à complementaridade. Onde o egoísmo se desfaz como água. No panorama competitivo com que nos defrontamos, cresceu o nível de exigência e foi jogada por terra a quebra de recordes, em que o sexo é a melhor coisa da vida e deve ser feito todos os dias – a reafirmação da performance masculina associada à certeza da mulher em ser amada.
No capítulo da traição, leia-se que a carioca procura optar por um parceiro à altura, preocupada com o seu bem-estar, de forma a que o pretendente não ouse interferir em sua carreira, seus negócios, no trabalho em que se desenvolve. Está disposta a desvincular, de uma vez por todas, a imagem de mãe e mulher. Mãe do marido. E não quer palpite sobre o assunto, e ainda o observa se ele ameaça interferir.
Como encontrar alguém que se encaixe nesse perfil, se cara-metade virou peça de museu? Enquanto não encontra, vai ficando. Isso não implica em orgia, poligamia, rotatividade, passar de mão em mão, maria-maçaneta, docinho de coco (comida em todas as festas), o conjunto da obra que ofende o espírito da mulher.
Em conseqüência, transa menos, meu Nordeste querido!

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Antonio Carlos Gaio
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