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CAPÍTULO C – CONFINAMENTO

Coube justamente à centésima intervenção espiritual se realizar em pleno regime de pandemia de coronavírus e confinamento da população quase do mundo inteiro em suas residências.
As intervenções espirituais na Fundação Marietta Gaio foram suspensas devido à epidemia do vírus que se alastra pelo planeta, cuja contaminação sutil através de nossos perdigotos não permite que haja aglomeração, ainda mais em recintos fechados como o da intervenção. Aproximando do desencarne o grupo considerado de risco, idosos de mais de 60 anos, além de quem sofre de doenças respiratórias como enfisema, asma, bronquite, tuberculose, ou enfermidades crônicas como as cardiovasculares, diabetes, ou em tratamento de câncer. Mas os demais não estão a salvo, só que a probabilidade é bem menor. A ameaça de morte repentina nos transforma em seres insignificantes à mercê de um exército de vírus. Não é a primeira peste que assola o mundo, mas globalizado pela tecnologia como a atual, jamais! A realidade entra em nossas casas, sem pedir licença, e compartilhamos da desgraça alheia, além do quinhão que nos cabe, ao atingir em cheio nossa sensibilidade e deprimindo nosso ego, já em processo falimentar, quando reverbera o ódio ao próximo induzido pelo preconceito farto e imoral. A recomendação é não sair de casa e permanecer confinado para não se contaminar desde que higienize quase tudo que vê pela frente. Tornando-nos paranoicos, medrosos, sem iniciativa, ensimesmados, para quê?
A centésima intervenção espiritual, em 27 de março de 2020, em minha residência e em regime de confinamento face à pandemia do coronavírus, se realizou sob a égide da leitura e estudo preliminar da Parte Terceira (Das leis morais), Capítulo VI (Da lei de destruição), constantes do livro de Allan Kardec, “O Livro dos Espíritos”, em que me debrucei sobre os tópicos “Destruição necessária e destruição abusiva” e “Flagelos destruidores” desdobrados em questões (nº 728 a 741) respondidas por Kardec, assistido por espíritos regeneradores. A escolha dos aludidos tópicos se deveu à tentativa de conectá-los ao confinamento ou à pandemia (ambos se confundem), critério esse completamente diferente do estudo sobre o Evangelho, que obedece à classificação de Kardec. Agora é o tema que se pretende desenvolver e que conduz à pesquisa na doutrina kardecista.
Assim sendo, resolvi substituir o livro base “O Evangelho segundo o Espiritismo”, pois que reservado para as intervenções espirituais na Fundação Marietta Gaio.
Na primeira linha dos flagelos destruidores se encontra a peste, seguida da fome. Com que fim Deus fere a Humanidade através de flagelos destruidores? Para fazê-la progredir mais depressa e que se promova o advento de uma melhor ordem das coisas, o que, por vezes, se exige muitos séculos. Não haveria outros meios? Deus supriu cada um de nós com os meios de avançar pelo conhecimento do bem e do mal, porém, se não os aproveitamos, faz-se necessário destruir para renascer e se regenerar. O que não passa de uma transformação que tem por fim a renovação e a melhoria dos seres humanos. Embora dotados do sentido de preservação e conservação que impede, ao se entregar a crises de desânimo, à destruição antecipada. Esse impulso de destruição se enfraquece no homem à medida que o Espírito sobrepuje a matéria e prevaleça o desenvolvimento intelectual e moral.
Portanto, as pestes ou pandemias dão possibilidade ao homem de exercitar sua paciência e resignação ante a vontade de Deus de confiná-lo, oferecendo o ensejo de manifestar sua abnegação, o sentido de cooperação e amor ao próximo, se não o dominar o interesse egoísta. Ainda mais que os flagelos geralmente resultam da imprevidência do homem, permitindo que os conjure, se lhes souber pesquisar as causas, à medida que adquira conhecimentos e experiência.
Sentido de preservação e agentes da destruição, o remédio ao lado do mal. Para manter o equilíbrio e servir de contrapeso.

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Antonio Carlos Gaio
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