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CAPÍTULO CIII – NÃO ENTRARÃO POR AQUELA PORTA ESTREITA

A centésima terceira intervenção espiritual, em 8 de maio de 2020, caracterizou-se pela retomada da intervenção espiritual, sem ainda ser presencial na Fundação Marietta Gaio e realizada na residência de cada médium e de quem se encontra sob tratamento, segundo o calendário da Fundação, com todos obedecendo ao regime de confinamento face à pandemia do coronavírus. Volta o livro base de Allan Kardec, “O Evangelho segundo o Espiritismo”, no qual procedi à leitura e estudo preliminar sobre os itens 1 e 2 (“Parábola da Festa de Núpcias”), 3 a 5 (“A porta estreita”) e 6 a 9 (“Nem todos aqueles que dizem Senhor! Senhor! entrarão no Reino dos Céus”) do capítulo 18 (“Muitos os chamados e poucos os escolhidos”). No entanto, continua a investigação espiritual sobre a pandemia iniciada e inclusa na mesma série, sob as bênçãos kardecistas de “O Livro dos Espíritos”, alternando a cada semana com “O Evangelho segundo o Espiritismo”.
Entre os poucos que ouvem a palavra divina, menos ainda colocam em prática pensar no próximo e de não haver salvação fora da caridade. Daí Jesus, na parábola da festa de núpcias, concluir: muitos são chamados e poucos os escolhidos.
Entrai pela porta estreita, pois a porta da perdição é larga, e há muitos que por ela entram. Como há poucos que encontram a porta da vida. Então, Senhor, são uma ninharia os que se salvam? Vos asseguro que uma imensidão de gente procurará forçar a entrada, e não terá êxito. Isso quando a porta não se fecha e não adianta espancá-la, se eu não sei de onde sois, se cometestes a perversidade e a injustiça. Afastai-vos de mim, o caminho do mal é frequentado por parte substancial da Humanidade. Se o homem que quer transpor a porta da salvação recusa-se a se submeter a vencer suas más tendências.
Então seria a Terra um mundo de expiação na qual o mal predomina? Teria Deus voluntariamente condenado à desgraça e às penas eternas a maioria de suas criaturas? Por que tantos entraves no caminho? Mas de quais faltas esta Humanidade seria culpada para merecer uma sorte tão triste? Se a sorte da alma está definitivamente estabelecida após a morte.
Assim é se apegado à ideia de uma única vida. Mas se, com a vivência anterior da alma e a pluralidade dos mundos, o presente e o futuro se tornam solidários com o passado cruel, o horizonte se alarga e traz luz aos pontos menos esclarecidos da fé. E só desta forma se pode compreender a verdadeira extensão da espiritualidade e toda a infinita sabedoria dos ensinamentos morais de Cristo.
Não entrarão por aquela porta estreita os fariseus, os que observam fielmente o dogma, se acreditam donos da verdade, achando-se no direito de julgar e condenar a conduta de outrem a pretexto de orientar e dar ajuda. Os que exaltam seus atos exteriores de devoção e os sacrificam no altar do orgulho e da ambição, passam os dias orando e não são nem indulgentes para com seus semelhantes. Vós que desmentis vossas palavras com vossas ações, vós cujo coração destila ódio e inveja.
O único caminho que está aberto para vós é a prática sincera de vossos atos, a transparência em vossas atitudes para não dar margem a maquinações ou manobras rasteiras, fruto do inconformismo com a família, meio ou origem que não escolhestes reencarnar, lastimando a que vos foi destinada, quando há por trás dela uma missão por dar conta. Aceitar o destino não é declarar-se vencido ou derrotado. Ajuda a cruzar a porta estreita se diminuirdes o vosso ego da importância que vos foi dada.

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Antonio Carlos Gaio
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