Não escrevo para falar de mim pra você.
Para te contar sobre minha vida.
Escrevo porque tenho que escrever.
Porque a poesia precisa ser lida.
Ela é muito mais importante
do que você ou eu.
Não fala sobre nós.
Ela rima para desatar nós,
para trazer sóis onde há nuvens.
A poesia não é minha, nem sua,
nem muito menos dos meus
ou dos nossos momentos.
Ela é um vento que sopra
em minhas mãos.
Sou só um canal,
uma transfusão.
E se ainda assim
você quiser me encontrar,
nunca se esqueça de uma coisa:
a poesia vem sempre
em primeiro lugar.
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