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CAPÍTULO LXXXIII – FILHA NASCEU COM A MISSÃO DE SALVAR O PAI

Nos tornar livres da intolerância e do preconceito, essa é a verdade que liberta.
Um taxista sergipano resolveu abrir seu coração comigo. Ele se arrependia de não ter estudado, nem muito menos gostar de se aplicar nos livros, embora sempre chamado à atenção por sua mãe, quando, ingressando num regimento militar, acabou indo para um vexaminoso último lugar na fila justamente por não ter instrução. No entanto, o destino lhe foi favorável ao encontrar no casamento uma esposa com a têmpera de sua mãe, e tido duas filhas que seguiram carreira estudando. Mas sua sorte grande foi quando sua primogênita nascera com a mesma sintomatologia do pai alcoólatra, frequentando hospitais e médicos em busca de um diagnóstico que tivesse a ver com uma criança, até ficar curada aos três anos de idade, no momento que ele deixou de beber ao passar a assistir às sessões dos Alcoólicos Anônimos. Promessa cumprida até hoje.
A octogésima terceira intervenção espiritual, em 2 de agosto de 2019, se iniciou com cânticos no intuito de abrir caminho para os espíritos curadores, prosseguindo com a leitura e comentários sobre o item 8 (“Desigualdade das riquezas”) do capítulo 16 (“Não se pode servir a Deus e a Mamon”) do livro de Allan Kardec, “O Evangelho segundo o Espiritismo”.
A desigualdade das riquezas é um desses problemas que se procura resolver em vão, desde que se considere apenas a vida atual. Por que toda a Humanidade não nasce com a sua subsistência garantida? Por que os ricos não moderam nem são previdentes para manter a riqueza que acumularam? Por que Deus destina a riqueza a pessoas incapazes de fazê-la frutificar para o bem de todos? Por que uns pobres, outros ricos?
Deus quis com o livre-arbítrio do homem que a prática do bem fosse o resultado de seus esforços e de sua própria vontade e, assim, colocá-lo moralmente à prova. Mas como a riqueza é, ao mesmo tempo, um poderoso meio de ação para o progresso, Deus não quer que ela fique por muito tempo improdutiva sem gerar benefícios, e eis por que a transfere incessantemente. Cada qual deve possui-la para aprender a utilizá-la e demonstrar que uso dela saberá fazer. Essa é a razão de cada um a possuir por sua vez e igualmente do porquê todos os homens não serem igualmente providos do mínimo para se autossustentar. Desta maneira, aquele que hoje não a tem, já a teve ou a terá em uma outra existência, e quem a tem agora poderá não ter mais amanhã. A pobreza é para uns a prova de paciência e resignação; a riqueza é para outros a prova de caridade e abnegação.
Muito embora há quem questione se Deus é justo, face à riqueza despertar cobiças monstruosas e agregar ao mundo grandes contingentes de inescrupulosos. Entretanto, se ao invés de limitar sua visão à encarnação presente, considerar o conjunto das vidas passadas, tudo se aclara mais e se equilibra com maior justiça.
Assim sendo, o que pensar da sabedoria e da bondade de Deus, se a filha do taxista veio ao mundo portando a enfermidade do pai, a julgar pela similitude dos sintomas, com o objetivo de cortar o seu vício? Algo, cientificamente falando, considerado impossível.

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Antonio Carlos Gaio
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