É justamente quando me encontro mergulhada num mar de incertezas que mais tenho certeza de tanta coisa que antes não tinha. Quando mais instável está minha vida, mais estável eu estou. Logo quando perdi quase tudo é que posso dizer… Continue lendo →
Todo sussurro contido pode um dia virar grito ou grunhido engasgado na garganta. E nessa fase do refluxo, tentar engolir não adianta, as palavras ganham acidez. Talvez até se transformem em gastrite ou se abram numa úlcera. Quando quiser falar,… Continue lendo →
Mas foi só ao machucar o dedinho mindinho Na maior das pedras no meio do caminho Que mudei meu jeito de pisar, Agora mais consciente, Sempre… Continue lendo →
Enquanto cato conchinhas na areia do meu pensamento, o vento continua a soprar, a maré continua a subir e descer e o mundo continua a acontecer. Cada coisa tem seu próprio tempo. E cada um tem um relógio diferente. A… Continue lendo →
Toda vez que alguma imagem poética gruda em mim, eu chupo dela até o caroço, lambo os ossos mesmo. Vou escrevendo um, dois, três, mil, até extrair todo líquido da ideia bruta. E o mais doido é que se é… Continue lendo →
“Odeio quem guarda rancor!”, esbravejei. Pausa. “Mas essa frase é contraditória…”, pensei. Como podemos criticar o ódio alheio odiando? É o mesmo que eu reclamar dos tantos fulanos, os ditos intelectuais, com seus ataques de purismo, criticando os erros alheios.… Continue lendo →
Estava com fome. Com fome de vida de verdade. De carne crua. De botar o pé na estrada completamente nua. De traçar seu rascunho a punho. Cansada de obras primas. De delicadezas de menina. Não queria nada que fosse pouco.… Continue lendo →