Vamos conhecendo mais militares golpistas e as aberrações que vomitam. O tenente-coronel Gian Dermário da Silva, do Batalhão de Infantaria de Selva, afirmou que essas conversas registradas em celular são apenas conjeturas ou possibilidades, embora aguardasse confiante a eclosão do golpe e milhares de apoiadores de Bolsonaro se concentrassem em frente aos quartéis pedindo a anulação das eleições e uma intervenção militar, devendo os militares agir independentemente da adesão ou não dos seus comandantes no intuito de proteger “nossas famílias”. De quê ou de quem? Só se fosse dos golpistas! Ainda teve a desfaçatez de revelar que faz parte da profissão os militares estudarem muito os vários tipos de conflitos atuais que ocorrem no mundo inteiro, sob todos os aspectos – excetuado, é claro, nazismo, fascismo e ditadura. “Não haverá quem segure as tropas”, proclama entusiasmado o coronel Márcio Nunes de Resende Júnior, da logística do Batalhão de Selva, que defende a tese, já rebatida pelos juristas, de as Forças Armadas se constituírem o poder moderador entre os Três Poderes, conforme preceitua o artigo 142 da Constituição para justificar a intervenção militar. Interpretação essa típica de quem se faz de idiota e absolutamente ignorante sobre hermenêutica, seja de textos filosóficos, religiosos ou políticos. Não é à toa que sempre voltam ao cenário do crime visto que se esquecem do passado dos militares atrelado às torturas na ditadura que impuseram ao Brasil, quando recentemente ameaçaram o juiz Alexandre de Moraes: “Vai ter careca sendo arrastado por blindados em Brasília!”. Lembrando que as forças da Aeronáutica, em 1971, assassinaram em suas dependências Stuart Angel, filho de Zuzu Angel, arrastando-o acorrentado a um carro, com sua cara enfiada no cano de descarga. Como punição por ter afrontado o regime militar, esse mesmo que Bolsonaro queria impingir ao Brasil.
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