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ESPÍRITOS DECAÍDOS MATERIALIZADOS

O Dr. Paulo Cesar Fructuoso, em seu livro Espíritos Decaídos Materializados, observa que os espíritos decaídos se apresentam como instrumentos da Justiça Divina contra as criaturas que ousam contrariar suas leis, como se o Criador do Universo pudesse de alguma maneira se sentir ofendido com nossos erros, em reação semelhante ao que acontece com os seres humanos. Inteligentes, experientes conhecedores das mazelas e fraquezas humanas, pois vivem de explorar práticas horrendas sem nenhum escrúpulo, sem temer represálias, sem qualquer sentimento de arrependimento, misericórdia ou de amor, e com devotamento incondicional ao mal sob todas as suas formas. Molestam para não serem atacados, ameaçam invadir seus domínios para não serem oprimidos, disseminam a dor para fugirem às suas próprias. Pouco acessíveis à doutrinação e ao apelo do perdão, pois têm perfeita consciência da lei do carma, sabedores dos sacrifícios necessários a que serão compelidos de acordo com os crimes praticados no passado, de modo a voltar a equilibrar seu ser. Preferem, portanto, se esquivar do carma, permanecendo, às vezes por milênios, cristalizados em seus domínios trevosos, incessantemente dedicados a enredar outros incautos em suas malhas, de forma a engrossar a legião dos aflitos que optam por manter em torno de si mesmos o clima de terror. Sabem muito bem que no dia em que fraquejarem, ou se tornarem permeáveis à realidade maior, chegará o duro momento da verdade e começará a longa escalada de volta. E quem desceu semeando desgostos e decepções, só pode contar com mais ainda do mesmo durante a subida. Por isso, são implacáveis e se demoram no erro que, paradoxalmente, os compromete cada vez mais. Espíritos altamente endividados, inalcançáveis aos nossos sentidos e prontos a nos ferir.
A trajetória dos espíritos decaídos através da História. As lendas zoantrópicas, sobre espíritos pouco evoluídos que adquirem uma forma qualquer de animal, completa ou não. A possessão demoníaca, o ritual do exorcismo. Tomaz de Torquemada, frade dominicano que, no cargo de Inquisidor-Mor, pôs fogo em milhares de raros manuscritos hebreus da Bíblia e documentos que tratavam das Ciências Ocultas, igualmente na biblioteca da Universidade de Salamanca e em mais de 10 mil pessoas, ao longo de 14 anos, com total apoio dos reis católicos, Fernando e Isabel, que pretendiam defender os interesses da nobreza feudal eliminando a burguesia judia que aspirava ao domínio do Estado espanhol. Os espíritos de antigos nazistas, ainda acreditando-se possuidores de um corpo físico, vibrando no ódio e em reiterada perseguição a judeus reencarnados nos corpos de crianças. Os profissionais da tortura e da morte no Direito Romano já se serviam de plebeus e escravos (dos pobres e miseráveis), sendo estendidas a revolucionários políticos, tal como Jesus Cristo submetido ao flagellatio, o chicoteamento que precedia a crucificação, executado por soldados em seu dorso nu, através de um látego denominado de flagellum, dotado de muitas tiras de couro, cujo peso era aumentado por esferas metálicas com pontas aguçadas denominadas scorpiones. Não havendo limites de golpes que não fosse o próprio arbítrio dos flageladores ou a resistência do flagelado, nessa altura, considerado um ser sem nada mais de humano, um objeto com forma de corpo no qual se podia livremente bater, espancar, escorraçar. Violentas repressões políticas que persistem no mundo atual com torturas e execuções sumárias, inclusive no Brasil, que deixam profundas cicatrizes que não desaparecerão tão cedo.
As feições degradadas de espíritos decaídos, resultantes de quem mais mal tiver praticado, à semelhança de um monstro deformado, peçonhento e repugnante, sofrendo em planos inferiores. Em torno da orbe terrestre, se alojariam milhões de seres degradados na forma que adquiriram em decorrência de tenebrosos crimes que praticaram ao longo da história da Humanidade. Que atmosfera psíquica não encontram em um planeta onde são praticados mais de cem milhões de abortos por ano? Formado por uma humanidade permanentemente em guerra, com tentativas de suicídio a cada 3 segundos, além da ignorância, da fome, da mortandade infantil, da discriminação racial, do ódio entre as correntes religiosas – nós os atraímos, pois o semelhante atrai o semelhante.
Segundo Luiz da Rocha Lima, ex-presidente, conselheiro e líder do Lar Frei Luiz, já desencarnado, por que odiar esses homens? Se eles estão no erro, mas não são o erro; se praticam o Mal, mas não são o Mal. O Mal em si é que devemos destruir e detestar; quanto ao homem, precisamos amá-los a todos, embora sem aprovar seus maus atos ou pactuar com eles. Já que, dentre os maus, existem diversos que têm uma falsa concepção do Bem ou fazem o Mal na procura de um “Bem” efêmero. Aí é que entra a caridade: para combater as tendências más de uns e educar a outros.
Por meio da comprovação documental e fotográfica obtida por Luiz da Rocha Lima em inúmeras descrições mediúnicas sobre os planos extrafísicos da vida e dos seres que habitam suas camadas mais inferiores, o livro Espíritos Decaídos Materializados funciona como um alerta àqueles que persistem voluntariamente no equivocado caminho de causar sofrimento a si próprio, à Natureza e ao próximo, dentre eles, os pedófilos, exploradores da prostituição sob diversas matizes, déspotas, escravizadores, assassinos, torturadores, usurpadores do dinheiro público, corruptos e corruptores, os falsos profetas que se enriquecem no uso das religiões às custas da inocência dos crentes, fomentadores de guerras entre os povos apregoando a cultura armamentista, fabricantes e traficantes de drogas ilícitas, destruidores perversos e contumazes do meio ambiente. Ou mesmo alegando ignorância como justificativa para o estacionamento voluntário no erro.
O Dr. Paulo Cesar Fructuoso expôs uma linha de vida costurada ao nosso inerente sentido de, a cada comportamento equivocado conscientemente adotado em encarnações passadas, marcas indeléveis foram gravadas em nosso envoltório fluídico perispiritual, já constando no DNA do ser em formação na vida intrauterina, num contexto de um imenso quebra-cabeça que se encaixa. Não sendo Deus que implanta nossas deformações e impõe os sofrimentos pelos quais passamos. Somos nós que espontaneamente os semeamos em nós próprios segundo a lei que reza ser a semeadura livre e a colheita obrigatória diante da Justiça Divina, quando recolhemos as tempestades trazidas pelos ventos que lançamos. De que vale guardar o rancor e ódio alimentados no plano material, não se esquecer de calúnias e incompreensões mundanas, mover lutas fratricidas e agressões de todos os tipos, se as agruras da vida se dobram ante cabais demonstrações de superioridade do espírito sobre o corpo denso?
Se “nada existe oculto que não seja revelado” (Jesus Cristo). “Todos vamos morrer um dia e enfrentar o tribunal da consciência. Somos aquilo que criamos para nós próprios” (Paulo Cesar Fructuoso). Em contrário senso de “Deixai aqui toda a esperança vós que entrais” (no inferno de Dante Alighieri). O homem, na maior parte do tempo, pouco se preocupa com o que se passa ao seu redor, enquanto estiver garantido o seu bem-estar e o de seus entes queridos mais próximos, permitindo-se por vezes a excessos hediondos em que dá livre fluxo à toda sua animalidade reprimida, protegido e até estimulado pelos poderes constituídos.

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Antonio Carlos Gaio
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