Por que Gilmar Mendes mostrou sinais de desequilíbrio, incompatíveis para um juiz da mais alta corte do país, chamando Lula de bandido e gângster? Declarou guerra entre os poderes constituídos no Brasil? Pretendeu deflagrar uma crise institucional? Se era Lula que estava à beira de um ataque de nervos com o julgamento do mensalão! Se com sua idade e no meio em que atua ainda não aprendeu a lidar com pressões, a ponto de comparar Brasil com Venezuela, onde Chávez prende juiz. Criando um problema diplomático. Pior, cometendo um ato falho a partir do qual Freud explica. Por essa central de boataria o estar associando ao esquema de Cachoeira e Demóstenes, baseada na inconsistente premissa bíblica de “diga-me com quem andas que eu te direi quem és”. Expondo o seu temor em ter o mesmo destino de tantos quantos a quem concedeu habeas corpus. O banqueiro Daniel Dantas, o bicheiro Noal, o médico estuprador Abdelmassih, a fila anda e o castigo tarda, mas não falha. Engana-se Gilmar Mendes quando considera o Brasil um Estado policialesco, mesmo ponto de vista defendido por Demóstenes na Comissão de Ética, em razão das inúmeras ações da Polícia Federal e do Ministério Público e dos grampos. Num Estado de direito, há que se distinguir privacidade de auscultar o crime descontinuado em que precisa se pôr cobro. Não é para se irritar?
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