INTELIGÊNCIA

A inteligência devia bastar para o planeta Terra se desenvolver, facilitando a tarefa dos Espíritos para a Humanidade avançar. Mas não tem nenhum direito de se envaidecer quem goza de uma intelectualidade fora do comum, se habita num universo de limites bem estreitos e que até podem repercutir em sua própria visão de mundo, ao se deixar ocupar pelo orgulho e pela vaidade a que o saber possa alçá-lo e torná-lo incapaz de compreender que Deus o fez nascer num meio onde possa desenvolver sua inteligência, desde que voltada para o bem de todos.
Esta é a missão que lhe concede ao colocar em suas mãos um instrumento poderoso que, se bem utilizado, pode ajudar a combater a natureza das inteligências mais atrasadas. E com a liberdade de desenvolver a inteligência a seu modo, segundo seu livre-arbítrio. Aproximando todos e a si mesmo de Deus em obra coletiva.
Abrindo-se um novo horizonte no qual o pessimista só vê incertezas e prováveis problemas, enquanto o otimista, oportunidades em cada dificuldade. Aos deserdados da fé que, ainda dispondo de saúde e do tesouro das possibilidades humanas, se desmancham em anedotário irônico, enquanto, no apagar das luzes terrestres, já inabilitados à movimentação no campo da fantasia, os incrédulos precipitam-se no abismo do desespero.
O homem costuma abusar de sua inteligência, quem já não o viu usar a inteligência só para o mal? Com tamanha inteligência, ele deveria ter ido mais longe! Cheio de ideias, mas incapaz de pô-las em prática, nenhuma sequer! Não lhe faltaram lições para adverti-lo de que uma poderosa mão poderá subtrair “toda a inteligência que Deus lhe deu” e ele um dia voltar em outra encarnação como se fosse natureza morta, carecendo de irrigá-la para ganhar vida.