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JUÍZES VENDENDO FÉRIAS É BEM A CARA DO BRASILEIRO QUE SE FAZ DE MORALISTA

Não dá para imaginar que juízes de tribunais superiores não gozam suas férias de janeiro e julho – é, são duas -, preferindo vendê-las para aumentar seu estipêndio, reiterando que não as desfrutam por absoluta necessidade de serviço. Não dá para imaginar que, ainda assim, defendem a manutenção do regime de duplicidade de férias em razão do desgaste excessivo em torno de um árduo e inusual trabalho – mesmo que não as utilize. Não dá para imaginar que o acúmulo intencional de férias não gozadas encontra um campo fértil diante da falta de um controle mais rigoroso sobre o período de descanso dos magistrados, o que permite requerê-las, para dissimular, quando se aposentam, mesmo que cubram uma vintena de anos, ou sob forma de indenização, se em atividade. Não dá para imaginar que não seja do conhecimento do juiz supremo Joaquim Barbosa, o paladino da moral e da ética. Não dá para imaginar que Joaquim Barbosa acumule as funções de presidente da Corte Suprema e do Conselho Nacional da Justiça, órgão regulador e moralizador do Poder Judiciário. O que seria motivo de impedimento para exercer um ou outro e não precisa da sapiência de um juiz supremo para dominar o fato. É por essas e outras que Joaquim Barbosa é considerado um déspota ou um monarca esclarecido julgando fazer justiça na tentativa de moralizar o país, sem observar sua própria casa de ferreiro, espeto de pau.

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Antonio Carlos Gaio
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