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“MONSIEUR AZNAVOUR”

O principal filme recente sobre Charles Aznavour, “Monsieur Aznavour” (2024), é uma cinebiografia musical que narra sua vida desde a infância de filho de imigrantes armênios até se tornar um ícone da música e da cultura francesa, interpretado por Tahar Rahim e dirigido por Mehdi Idir. Emociona ao chegar em nossas vísceras, de um tempo de Edith Piaf e Gilbert Bécaud, quando iniciou sua trajetória brilhante. Deu vontade de cantar juntos “La bohème”, “Et pourtant”, “Hier encore” e “Mes emmerdes”, em alto e bom som. Eu começo a chorar. Sua vida sentimental entremeada por três casamentos e 5 filhos, levou-o a convidá-los a morarem juntos em casa ampla e confortável nos arrabaldes de Paris, incluindo seu pai e sua mãe. Abalando as convicções morais de uma amiga solteira diante de tanta felicidade, que assistia ao filme e gostaria de ter sido casada e de ter filhos. Ela passou a chorar. O que não impediu o filho primogênito de Aznavour, por falta de diálogo com o pai, resolver partir antes de seu tempo nesta encarnação. Ambos choramos, mais ainda. A vida não é tão linear e restrita como inconscientemente desejamos. Os amigos mais íntimos de Aznavour sempre o inquiriam: “Por que tão insatisfeito?”. De um tempo que, para se firmar num céu de poucas estrelas desse naipe, precisou corrigir sua postura (cantava com as mãos no bolso), ajustar sua voz rouquenha e trabalhar incansavelmente, compondo todo dia (850 canções) e se exibindo no mundo inteiro. Ao prosseguir insatisfeito, quebrou inúmeros paradigmas e, através da emoção, fez seus admiradores cantarem em voz uníssona e encontrarem respostas em “por que eu gosto do meu francês”.

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Antonio Carlos Gaio
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