Os limites para demarcar a idade da velhice foram ampliados graças ao avanço da ciência, que repercutiu na medicina e aumentou a vida útil do ser humano, capacitando-o com o tempo conquistado a pensar ainda mais nos outros e a ser mais humilde, solidário e generoso, abandonando de vez o egoísmo. Sobretudo se a globalização vier a derrubar as fronteiras, mais cedo ou mais tarde, e a Humanidade tiver de estreitar seus laços.
No entanto, muitos reclamam, nessa fase ingressada, que já se cansaram de viver e que “não tenho mais nada a fazer aqui”. Já desistiram ou entregaram os pontos. Não que queiram se suicidar, tirar sua própria vida, isso não! Tampouco têm mais coragem para dar conta de sua existência. Se Deus os levasse daqui, “eu bem que agradeceria, me faria um favor”.
Quanta insensatez! Quanto despropósito! Queriam que tudo lhes fosse entregue de mão beijada, desperdiçaram seu talento, quando nasceram com todos os meios para realizar o que tanto sonhavam. Deprimiam-se com facilidade quando atinavam o quanto seria difícil, parir esse filho, o que quer que seja, como uma grande obra, trabalho, construção, um empreendimento ou mesmo tornar-se artista. Deparando-se com alguma dificuldade, logo se assustavam, recuavam e se abatiam. Ao se entristecer, se fecham em copas. Isso quando não se remetem a uma insignificância chocante ou quase deixam de falar, dando margem a que Alzheimer ou demência ou falta de cognição ocupem sua mente.
Sem dúvida, é o maior combate a ser enfrentado em cada encarnação: cumprir nossa missão, para dizer a que viemos. Pensar assim nos ajuda a encontrar sentido para a vida, porque aqui ingressamos nesse mundo material. Seja o que vier da luxúria ou de inspiração espiritual, seja conhecedora da missão atribuída ao nosso Espírito ou procurando pela missão em tudo quanto é canto, não devemos mergulhar em estado desesperador se tardar a encontrar.
Há sim que mudar os nossos rumos, endereçarmos o nosso espírito o quanto antes para resgatar o que lhe cabe nessa encarnação, até para lembrar que ainda estamos aqui. É possível, se tivermos fé. Embora, forçoso reconhecer, uma fé que remova montanhas.
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