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NINGUÉM PODE SE VANGLORIAR DE SER ÉTICO

Marina demonstra seu equilíbrio quando inquirida se saiu do PT por problemas de ética como o mensalão. Numa tentativa de se forçar a barra e provar que o mensalão do PT constitui um escândalo bem mais grave do que em outros partidos, que não chegaram a surpreender quando assim roubaram. Marina acha que as questões éticas devem ser tratadas sem a exacerbação udenista, que tinha a ética como bandeira e abusava do mar de lama e do ditador Getúlio Vargas no discurso, para depois desaparecer do cenário partidário subscrevendo o golpe de 1964 e se vendendo aos militares. Ninguém pode se vangloriar de ser ético; só se tivéssemos nascido imunes a falhas de caráter. Costuma-se confundir ética com honestidade diante da preocupação de não passar por ladrão, o que é muito simplório. Quando estamos sujeitos a graves problemas morais e aos olhos de outrem parecer antiéticos no vislumbre da postura ou atitude assumida. O político, então, corre o grave risco se bater no peito e autoafirmar-se ético, como o PT o fez nas décadas de 80 e 90 – a UDN de punhos de renda, segundo Brizola – e posteriormente caiu do cavalo. Nada impede o acusador de ir para o banco dos réus, quando no poder passou a adotar as mesmas práticas com que se indignava e se sentia ofendido num passado não muito distante, acreditando poder reformar o mundo. A ética no reino dos homens. Mudar a natureza humana. Sonhando deveras e despertando com o Sarney na vigília. Como assombração ou realidade? A ética persegue quem combateu em sua defesa e faltou com a verdade. Para ser punido com o drama de consciência.

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Antonio Carlos Gaio
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