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NO CARNAVAL, EU SOU A LENDA

O Carnaval é uma festa em que se descansa da caretice do ano todo, na qual somos obrigados a respeitar uns aos outros, calados, para depois cair na gandaia e ridicularizar o Zé Dirceu que vai a Pernambuco para implantar cabelos e a tintura do cabelo do Ministro Lobão, que o habilita a dançar com os mutantes do filme “Eu sou a Lenda”.
No Carnaval, despe-se de uma fantasia e veste-se outra, de gaiato, com caras e bocas, maquiado para dar um tempo do seu eu mesmo, dividido entre o trapo que você representa e o bonito e glorioso que almeja, na tentativa de encarnar “eu sou a lenda” e renovar ao menos, sob as bênçãos de Momo, a espécie humana, que não se cansa de brincar com a verdade das epidemias e desafiar seus limites, enquanto o Carnaval sempre foi acusado de não respeitar os limites da sociedade, com seus ares de festa pagã e de sodoma e gomorra, chegando ao extremo oriente da luxúria de colocar a classe política na gaiola das loucas e ganharmos o direito de injuriá-los e à fantasia de que se investem, tamanho o fedor do gás, o exagero no petróleo, a falta de educação, a saúde fraca, os furos na segurança, a natureza morta, o acúmulo nas mentiras, que implicam no diagnóstico psiquiátrico de que os políticos não existem de verdade.
São retóricas de ficção que se tornaram uma caricatura, por anarquizarem nossos costumes e transformarem a democracia num carnaval, sem uma quarta-feira de cinzas para pôr um fim.

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Antonio Carlos Gaio
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