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O PAÍS DE LULA

Inverteu-se a mão. Duas décadas de brasileiros deixando o país em busca de emprego e melhores condições de vida lá fora, exportando mão de obra para o mundo, reverteram-se em um país de imigrantes, atraídos pelo crescimento da economia brasileira conjugado com as crises que afetam os três maiores polos de desenvolvimento no planeta – EUA, Europa e Japão. 
Do país do caçador de marajás, que promoveu o confisco da poupança, ao país de Lula. Do país do amor pela recessão para conter os gastos públicos, cultivado pelos economistas tucanos em torno de FHC, ao país de Lula que marca passo na educação – maldosamente confundido com o próprio Lula. 
Quando o Brasil se encontra numa posição elevada no ranking dos países em matéria de desenvolvimento humano, medido pela combinação da esperança de vida, escolaridade e renda per capita. Nessa hora, Cuba, comunista e jurássica, bem à frente do Brasil, serve como padrão para comparação. Pouco importando se o crescimento descomunal da economia da China não modifica o quadro dantesco da desigualdade que impera no seu continente, bem atrás do Brasil, ou se os EUA não estão lá muito preocupados com essa tal de injustiça social. Relevante é o abismo estupidamente alto ainda existente entre ricos e pobres no Brasil, a despeito do Bolsa Família.
Por isso mesmo, há o país dos que detestam Lula, sugerindo que ele deveria ter procurado o atendimento público de saúde para tratar o câncer na laringe ao invés do hospital particular Sírio-Libanês – e morrer nos corredores de hospitais lotados. Quando o SUS não merece tamanha pichação. Desejar a morte ou o pior pros outros, atrai o mau agouro. Perigoso mexer com a fatalidade. Não se deve brincar e andar na corda bamba – vai que te levam primeiro!
O ódio dirigido ao Lula sempre recai na discriminação – extensiva ao povo que o admira. Na luta de classes na qual o sujeito se acha superior à ignorância que tradicionalmente vem de baixo – baseada no nível de instrução. Quando a discriminação é uma baixaria, principalmente se bem dissimulada para ninguém notar o preconceito. Afinal de contas, bom nível tradicionalmente equivale a ser considerado bem-educado e não dizer tudo o que pensa. Salvo ao se tratar de coisas do Lula!

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Antonio Carlos Gaio
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