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O QUE É SER UMA GENERALA?
Mulheres que não usam farda, mas querem decidir o destino de outros. São donas da verdade que querem mandar em suas relações, seja de que caráter for, quando não boicotam quem ousa mexer em seus mecanismos de controle, que mais parecem tentáculos de um polvo gigante. Vulgarmente comparadas a sapatão, uma injustiça flagrante com lésbicas delicadas, quando, no fundo, gostam de dirigir a nau insensata de incompetentes que não sabem gerir suas vidas, pelo puro prazer de dominar e humilhá-las, de forma a se sentirem as donas da parada. Sua dificuldade crônica em lidar com os homens os afastou, excetuados os sonsos de carteirinha e os bêbados que batem ponto em botequins da moda, que não discriminam quem vão levar pra cama. A generala só joga em função de seus interesses, até para sublimar a frustração terrível de ter embicado suas reais possibilidades de amor num beco sem saída, ao perder sua identidade e a natureza da sexualidade, ficando à mercê do que pintar, apesar de estar no pleno exercício do generalato.
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Antonio
Carlos Gaio
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