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O RIO DE JANEIRO NO ABSTRATO REVELA TUDO
Toda vez que se descobre fotos do Rio Antigo, remontando sua história, vem à lembrança imagens do inconsciente que moldaram a alma do Rio de Janeiro. Com o advento da máquina fotográfica, a pintura deixa de retratar a época, os costumes e o perfil com que as pessoas queriam se apresentar, enquadradas na moldura, e se dirige para o abstrato. Onde, de princípio, não se entende nada. Por refletir traços que necessitam de interpretação. Do imaginário, da mente profunda, dos sonhos que brotaram do inconsciente e inspiraram o desejo em produzir uma obra como tal. A sutileza fala por si e só a capta quem é sensível, não especialmente às artes, e sim à alma do Rio de Janeiro, que é transparente e revela o que sempre foi e prossegue sendo. Trazendo à consciência tudo o que os outros procuram esconder.
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Antonio
Carlos Gaio
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