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O SUPREMO AFASTOU O PUTREFATO EDUARDO CUNHA PARA ACOMODAR O GOLPE E ACABOU CRIANDO UM PROBLEMA PARA O IMPEACHMENT

O Supremo Tribunal Federal entregou Eduardo Cunha à sanha dos princípios e preceitos de moralidade que a Justiça deve observar para acomodar o golpe, mas o fato é que os 11 magistrados se tornaram cúmplices do Cunha por não o terem posto a ferros em dezembro de 2015, quando o impeachment iniciava seus trabalhos de parto – embora o pecado original seja de Teori Zavascki, o sistema é de colegiado. E se Merval Pereira, Cristovam Buarque (que triste fim de carreira!), Caiado e mídia estão obcecados em revestir de legalidade o impeachment para dissociá-lo de golpe, agora mesmo é que ficou penoso e difícil. Os atos de Cunha são anuláveis desde que o Supremo referendou que Eduardo Cunha é um parlamentar de alta periculosidade e o afastou da Câmara. Se acharem que é tarde demais para cortar as asas do impeachment, o próprio Supremo poderá corrigir seu erro crasso quando sentenciarem o impeachment como nulo de pleno direito ao desqualificarem Cunha e devolverem o mandato a Dilma (vai ter que indenizá-la por danos morais). O culpado disso se chama açodamento a que se entregou Cunha ao seu vil personagem, investido do papel de herói do impeachment com que a burguesia costuma reverenciar seus ídolos de pés de barro, tais como os juízes Sérgio Moro e Joaquim Barbosa, quando coxinhas e golpistas (desculpe o pleonasmo) lhe passaram procuração para exercer o papel de verdugo do PT e lavaram as mãos como Pilatos, abstraindo-se do papel sujo. Tornando o rito processual do impeachment uma farsa para tão somente destituir Dilma e o PT do poder, às custas das inimagináveis pedaladas, se bem que a autoria do golpe se deve a Aécio Neves e ao PSDB, a partir do dia seguinte à derrota colhida no voto direto, ao engendrar a crise política. Vai custar caro, ainda mais por quem se coloca como guardião da moral, manter o impeachment a todo custo, sob pena de ser tachado de golpista para o resto da vida. E o pior agravante é que a conta salgada irá ser debitada nas costas da Corte Suprema, que terá de resolver o pior imbróglio da história republicana e se penitenciar de sua omissão com graves consequências políticas.

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Antonio Carlos Gaio
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