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PADRE PIO

Padre Pio foi o primeiro sacerdote na história da Igreja Católica a receber os estigmas de Jesus Cristo no Calvário. As chagas de Cristo, fruto da crucificação: o furo dos pregos nas palmas das mãos, que permaneceram durante cinquenta anos. Os primeiros sinais da santidade, a ratificar que sofreu na carne o que Jesus padeceu na Sexta-Feira da Paixão. Por anos suspeitou-se de que Padre Pio forjara as chagas, pois costumava usar luvas para escondê-las e só as tirava durante a missa.
Operou mais de mil curas milagrosas e, como vidente, revelava o paradeiro de desaparecidos no transcurso da 2ª Guerra Mundial a aflitos parentes e amigos. Quando João Paulo II, ainda arcebispo e incondicional admirador do frade, se dirigiu ao sul da Itália para se confessar, deixou-o atônito: “Mas esse vai ser Papa!”.
Se, no Calvário, Cristo ouvia gritos, blasfêmias e ameaças, no Ofertório, a alma de Padre Pio se separava das coisas profanas. Abriu seu coração para que alguém na Santa Igreja o consolasse, de modo a tentar esclarecer os pontos obscuros de sua trajetória, até descobrir que nossos sofrimentos não são nada se comparados com a incompreensão de que Jesus foi objeto. Só sentia vergonha de sua consciência, porque sempre se pode fazer mais. Não é nenhum exagero nem perfeccionismo.
Devido ao conjunto da obra, o monge foi proibido pelo Vaticano de rezar missa ao longo de dez anos, até por se exceder na duração recomendada à celebração e atrair caminhões de devotos, sendo equiparado ao charlatanismo de explorar frágeis e singelas emoções. Impediram-no também de exercer o Ministério da Confissão – sua paixão – e desoprimir os corações dos que precisavam falar com Deus. Seu confessionário chegou a ser vigiado através de escutas eletrônicas. Ele foi acusado, inclusive, de manter relações sexuais com mulheres que o ajudavam no trabalho pastoral. Afastaram-no do contato com seus fiéis, deixando-o recluso num convento.
Suas indagações se calaram quando se apercebeu de que sua missão era de acolher em si o amargor que pesa na alma dos que não se sentem ouvidos, pois recebeu como confirmação de Cristo os sinais da Paixão em seu próprio corpo. Marcando em si mesmo a sua própria missão. Deus o queria para aliviar as penúrias de seu povo. Para, no confessionário, Padre Pio tornar mais leve e serenar a alma de seus fiéis no caminho da fé, ao mesmo tempo em que era torturado, tentado e testado inúmeras vezes pela figura do Diabo, de corpo presente, que conhecia perfeitamente o seu potencial.
Mesmo com seu incansável e laborioso sacerdócio vilipendiado por calúnias inconcebíveis, irritados por ele não esconder que nascera com o dom de Deus, o apreço e admiração de Padre Pio pela Igreja Católica não arrefeceu. Sabia muito bem de onde provinham as injúrias, da incredulidade da própria Igreja. Através da figura de um  bispo que questionava sua fé e toda a sua obra:
Padre Pio – Eu tinha que escolher entre o juízo da Igreja e a miséria, o desespero. E Cristo, que me segurava e dizia: “Vá em frente!”. Peço que me absolva.
Bispo – Você é que tem que me absolver!
Padre Pio – Não. Você só fez o que acreditava ser justo.
Bispo – Mas eu o persegui, julguei e condenei.
Padre Pio – A Igreja faz o dever dela e, se você não tivesse me perseguido, eu não me teria salvo.
Bispo – Quanta cegueira, meu Deus do Céu! Quantas vezes já nos disseram que Cristo passa por nós, caminha conosco e não o reconhecemos. Quem sabe um dia você e Deus poderão me perdoar…
Padre Pio – Já o fizemos ambos.
Ao final, o bispo reconhece no Padre Pio o próprio Cristo. Quantos dons, quantas graças, os milagres que Ele concedeu! E também a inspiração para Padre Pio construir um grande hospital, hoje com mil leitos e que atende a 50 mil pacientes em San Giovanni Rotondo, proporcionando bem-estar no alívio de dores no corpo e na alma. A conhecida “Casa Alívio do Sofrimento”, a semente de um hospital holístico no porvir, que abarque, sem discriminar, religiões, crenças e filosofias, em conjugação com a ciência médica, tratamento e reequilíbrio espiritual, atendimento psicológico, acupuntura, massagens, meditação e desenvolvimento mediúnico.

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Antonio Carlos Gaio
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