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PRETENSÃO E ÁGUA BENTA

O porquê de Lula, seu governo e o PT estarem sendo tratados com tanto ódio, já que dentre seus acusadores existem alguns que não se recomendaria às melhores famílias. Já formaram fila para defender Collor, Maluf, Pita, ajudaram a engavetar ou se livraram de CPI’s utilizando artifícios condenáveis.
O caso é que o PT conseguiu vender ao longo de seu percurso, até para a oposição, a imagem de que não rouba. A moralidade pública sem oscilar de acordo com os interesses eleitos para a nação. Além de Lula asseverar que em seu governo não iria haver corrupção. Brotou um quê de admiração por um grupo xiita ter se transformado num partido de grandes proporções que alcançou o poder com moral de Confúcio, para alterar a essência dos costumes que alicerçam a tradição, família e propriedade, prevalecentes no Brasil. Agora, sem a ameaça do comunismo. Viria para acabar com o passado corrupto da política brasileira. Com o estereótipo de que todo mafioso foge para o Brasil porque aqui é o paraíso dos ladrões. Com a gênese da corrupção inseminada pelos portugueses no Brasil-colônia, com a política de terra arrasada ao devastar o pau-brasil.
O que abalou o Mercado, uma entidade que se regula pelos bons negócios. Deixando apavorada a classe política que já governou e pretende governar a respeito do porvir da prática política e do modus operandi para roubar nos contratos publicitários, exaltando as quinhentas, mil ou dez mil obras do governo.
E malandro que é malandro não gosta de ser enganado. Não é, malandragem? Foi usando esse termo de baixo calão em considerando a importância da casa legislativa, que Roberto Jefferson, defronte a Zé Dirceu, não admitiu dançar sozinho.
Portanto, faz sentido a comemoração efusiva no término da CPI dos Correios quando foi sacramentada a existência do mensalão. Gerou um alívio em vítimas da fúria denuncista dos petistas no passado. Se fossem encomendar uma vingança não teria saído melhor, graças ao espírito de preservação furibundo do PT. Ainda mais que já consideravam a guerra perdida para a política econômica de Palocci, mais neoliberal, ortodoxa e eficiente do que a dos tucanos. Ficaram de pernas bambas com a cara-de-pau do governo Lula de roubar seu modelo econômico e diminuir o risco para o gringo investir no país.
Para quem não se preparou para gerir o Fome Zero, foi uma autêntica rasteira na raposice de figurinhas carimbadas da oposição. Não esperavam tamanha desfaçatez e ousadia em investir Henrique Meirelles – eleito pelos tucanos em Goiás e ex-presidente do Banco de Boston – como verdadeiro gestor da economia, tamanha a sua independência. É de estarrecer o jogo de cintura com que Lula deu uma volta nos experts em economia e fechou a porta na cara da esquerda.
Um presidente que engana a direita e trai a esquerda é merecedor de vingança, no entender de agripinos que cospem marimbondos. Irão até as últimas conseqüências para impichar Lula, se reeleito for. Até lá, guardam um trunfo na manga: o filho de Lula, que fez sociedade com a Telemar numa empresa de conteúdo para celular sem colocar um único real.
Se incontinência verbal não tira voto de Lula, que rei sou eu? Deixa estar, que o rico e feliz FHC formulou uma tese a respeito, digna de seus melhores dias como sociólogo:
– São os pobres que, quando chegam lá em cima, correm o risco de virar outra coisa. Você tem que se cuidar muito, se for pobre na origem. É um perigo deslumbrar-se com a mudança social conquistada com a chegada ao poder porque, sem querer, o sujeito começa a fazer coisas que nunca imaginou na vida.
O professor ensina que o mais importante é não mudar o seu jeito de ser.
O poder destrói, quando elegemos para construir.

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Antonio Carlos Gaio
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