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QUEM DISSE QUE NÃO EXISTE O CRIME PERFEITO?

Crime em vias de prescrever, Augusto Farias foi o mandante do assassinato de seu irmão e de sua amante Susana Marcolino. Foi quem forjou a tese descabida de crime passional, com ela matando o PC Farias e, em seguida, cometendo o suicídio. Aquela coisa macilenta do PC estaria prestes a descartá-la por outra mulher, como se fosse um garanhão, e o ciúme teria apertado o gatilho. Se o sangue jorra após o tiro, por que não havia sangue na arma, se ela estava encostada no tórax da Marcolino? Os quatro seguranças absolvidos pelo júri deram cobertura ou foram eles próprios os autores do crime. Enfim, participaram da trama engendrada como bode expiatório para ocultar a verdadeira história. Não havia vestígios de arrombamento na casa de praia de PC, o colchão ensanguentado em que ambos dormiam foi queimado, a arma do suposto suicídio desapareceu, houve interferência política na investigação para que nunca se soubesse o que efetivamente ocorreu. Tanto que o juiz Maurício Brêda estranhou o fato de Augusto Farias ter custeado os advogados dos seguranças e o seu empenho no depoimento para convencer os jurados de que os réus eram inocentes. Havia uma disputa entre os irmãos em torno da rede de negócios escusos montada a partir do governo Collor, seja com dinheiro público ou mesmo proveniente da campanha, pois muitos empresários, com medo de Lula, abriram a torneira à larga. Deviam ser sócios igualitários com conta conjunta em paraísos fiscais, bastando a Augusto reproduzir Caim matando Abel, para se apoderar de toda a fortuna amealhada pelo irmão considerado o cérebro da família. PC sabia que sua ex-mulher, Elma Farias, não morrera naturalmente, e sim assassinada durante o período em que ele foi caçado na Tailândia e depois preso. Elma insistia para que ele contasse os segredos que guardava, tocasse fogo no país e entregasse todo mundo. Dizia que ele tinha sangue de barata. Seu corpo foi cremado. No final desse melodrama, melhor compreendemos o mistério da Esfinge, se todos fomos devorados por essa página política e policial da nossa História ao não conseguirmos decifrá-la, ainda mais que tudo se originou no voto dado ao caçador de marajás. A própria Esfinge, necessitada de um talibã para destruir a falsa imagem a golpes de picaretas.

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Antonio Carlos Gaio
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