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RANCOR

O rancor nos leva a morrer. Morrer de raiva.
O rancor leva você a rugir que nem um leão, quando adentram no seu território sagrado se fazendo de bobo, pisando na grama que jamais voltará a crescer.
O rancor nos leva a carregar nos erres, quando sua figura de bom samaritano transgride e sublinha que não perdoa o próximo ao confessar-se mesquinho, numa resposta justa aos ressentimentos que lhe foram infligidos.
O rancor o leva a empurrar com a barriga os problemas que se lhe aparecem, pois não tem mais nada a fazer aqui diante do cruel destino a que foi condenado: a rejeição.
É natural o rancor quando o sexo que você veste não lhe traz satisfação. O que fazer com esse elefante no meio da sala?
A juventude acumula rancores que, se não forem resolvidos a seu tempo, o leva a brigar contra a sua própria sombra.
É dá ou desce: se reprimir o rancor, sua auto-estima desce. Se decidir se dar com rancor, vira um Clodovil.
Cuidado com os que suportam a vida calados. Sem um pio de protesto. Sem elevar a voz. Sem se abalar com o absurdo que nos rodeia e provoca. Vão levar consigo o rancor quando se forem dessa pra melhor.
O rancor afasta o amor, mas não é outra coisa que não um pedido de socorro para que sufoque esse mal que não sai de dentro de si. É um desprezo para não admitir que deseja amar desesperadamente, se entregar a outrem e não consegue.
Trava, empaca, extirpa os desejos e se resigna.
O rancor da frustração em não ser outro espírito nesta vida e desperdiçá-la, transformando-se no vilão da história.

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Antonio Carlos Gaio
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