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SE DEIXASSE POR CONTA DOS POLÍTICOS, A REFORMA POLÍTICA NUNCA SAIRIA

As manifestações não querem uma política como essa que está aí nem partidos da forma como se comportam. Contudo, sempre que vozes se levantaram a respeito da necessidade de uma profunda reforma política no país, a maioria dos políticos do governo e da oposição não queria nem ouvir falar posto que, sob as novas regras, teriam medo de não serem eleitos ou de perderem privilégios e poder em contraste com o sistema vigente, que permite a eles se perpetuarem em mandatos de toda ordem. Se os protestos se irradiaram por todo o país evidenciando um clamor por participar das grandes decisões nacionais, com muitos jovens que nunca tinham saído em passeatas, nada melhor do que um plebiscito para que se possa escolher quais serão as regras do jogo, de maneira a fulminar com o toma lá, dá cá. Perante o rosário de críticas e a extensa pauta de reivindicações levadas às ruas, o plebiscito talvez seja a opção mais democrática e republicana que restava a Dilma, acuada por um sistema eleitoral que permite que o poder econômico se apodere do Estado ao financiar a campanha de políticos, que terão inúmeras oportunidades de retribuir seu apoio durante seus mandatos. Seria uma rematada tolice imaginar que os políticos tradicionais fariam essa reforma, visto que são comprometidos com o sistema corrupto que os elege. Embora todo mundo seja a favor da reforma política, cada um a entende de um modo, como o fim do voto obrigatório ou a implantação do voto distrital e do financiamento público da campanha. Trata-se de consultar a sociedade para obter o respaldo político e jogar pressão sobre o Congresso pela sua aprovação. A mídia e os conservadores já estão fazendo seu jogo no carteado: a proposta de Dilma objetiva anular a representatividade na democracia em favor do populismo plebiscitário bolivariano, celebrizado pelo falecido Chávez. Eles têm um medo que se pelam de eleição face às derrotas de Serra terem pulverizado suas teses ilusionistas.

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Antonio Carlos Gaio
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