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SEGUNDO O IRÃ, A FORCA É UM CASTIGO MAIS HUMANO DO QUE O APEDREJAMENTO

Os iranianos têm costumado pecar no tratamento dado à mulher, se comparado aos padrões ocidentais que, pouco a pouco, vão predominando, conforme a globalização se irradia e todos dizem amém, em vista de a adesão plugar a humanidade na modernidade e o que é tradicional, mas atrasado, merecer a repulsa pelo travo amargo deixado na boca. Segundo a lei iraniana que ecoa nos diversos quadrantes do planeta, os homens podem ter um número ilimitado de contratos matrimoniais, com fixação de tempo a combinar, justamente para se colocar a salvo de acusações de adultério, desde que ele também resguarde os direitos da mulher pagando o preço ajustado com a família. Ai também daquela que se meter a besta e se tornar amante do homem que a deseja, matando a facadas sua esposa para ver seu caminho livre. Faz parte do castigo a prisão anos a fio, para se submeter à humilhação de implorar repetidas vezes por sua vida à família da vítima que, segundo a lei, tem o poder de livrar a condenada da pena de morte. Se negada a clemência, o filho da vítima pode saciar a vingança em nome dos parentes, fazendo justiça com os seus próprios pés, ao chutar a cadeira onde a infiel se sustentava no ato do enforcamento. Cabe ao pai e viúvo, beneficiário do amor infiel, apenas assinar embaixo do que filho e mãe da vítima decidiram e assistir à execução. Mais assimilável a forca, sob as bênçãos de Alá, do que o apedrejamento de quem permite que o amor faça o que vem à mente e o que bem entender, ao desabrigo da honra e da virtude.

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Antonio Carlos Gaio
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