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SEU DESTINO ERA MORRER EM MISSÃO

O norueguês Roald Amundsen foi um explorador polar sem igual. O primeiro a alcançar o Polo Sul em 14 de dezembro de 1911. O maior sonho dos grandes aventureiros, que viria a vitimar de fome e exaustão o inglês Falcon Scott, que só lá chegaria em 17 de janeiro de 1912, açoitado por ventos de 300 km/h e temperaturas inferiores a 50 graus negativos – numa competição doida promovida pelo Reino Unido.
Também o número 1 a pôr os pés no Polo Norte e a cruzar, em 1905, a mítica Passagem Noroeste, o caminho aberto no verão ártico entre os oceanos Pacífico e Atlântico, na região norte do Canadá, que custou a vida de centenas de desbravadores.
A morte não o assustava, movido por uma ousadia e ambição sem limites no rumo do desconhecido. Em 1926, foi um dos pioneiros a sobrevoar o Polo Norte e o Oceano Ártico, ao lado de seu amigo Umberto Nobile, que projetou o dirigível Norge (Noruega) em que viajaram.
No retorno, ambos reclamaram para si a primazia do feito e a vaidade os levou a cortarem as relações. Foi o que bastou para Mussolini entrar em cena e mandar Nobile sobrevoar de novo o Polo Norte a bordo do dirigível, desta vez batizado de Itália. Só trouxe azar a seu conterrâneo, cuja aeronave caiu e o deixou esperando por socorro num banco de gelo flutuante.
Amundsen não pensou duas vezes. Saiu em disparada, imbuído da missão de resgatar o inseparável companheiro de aventuras, com medo de perdê-lo. Tarde demais para se arrepender. Amundsen desaparece com o seu hidroavião em 18 de junho de 1928. Seus restos mortais nunca foram encontrados. Por ironia do destino, cinco dias depois Nobile é resgatado são e salvo.             
“A vitória espera por aquele que tem tudo em ordem – é o que chamam de sorte. A derrota é certa para aquele que falhou em tomar as devidas precauções – é o que chamam de má sorte”. A sentença é de Amundsen e se aplica ao seu triste fim.

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Antonio Carlos Gaio
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