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SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL, OUTRO PARCEIRO DO GOLPE

Desde as manifestações de junho de 2013 já se pensava em não permitir mais um mandato presidencial para o PT, embora veladamente. Aécio Neves, quando derrotado nas eleições de 2014, apenas deu prosseguimento ao inconformismo e insubordinação ao receituário político vigente que emplacou Dilma como presidente. Aliado a Eduardo Cunha, formou uma quadrilha contando com o beneplácito da grande mídia e da ratazana do Temer para forjar o golpe à custa das pedaladas, cujo aparato legislativo que defenestrou Dilma foi sumariamente revogado pelo Congresso dia seguinte ao impeachment. A grande surpresa foi o Supremo Tribunal Federal se agregar ao grupo usurpador, perdendo toda a sua autoridade como guardião da Constituição. Ao se fazer de cego para que Eduardo Cunha prosseguisse como presidente da Câmara comandando o processo de impeachment da Presidenta Dilma, sem base constitucional. Fingiu-se de morto quando delações sob sigilo processual foram seletivamente vazadas de modo a atingir só o PT e acelerar o impeachment. Mudo ficou quando Sérgio Moro divulgou interceptações telefônicas ilegais de Lula e de sua família, bem como da Presidenta Dilma e dos advogados de defesa de Lula. Sem contar que na Operação Lava-Jato já não contestava ou punha sob suspeita conduções coercitivas fora do formato legal e prisões sem prazo antes do julgamento como forma de tortura física e psicológica para obtenção ilícita de provas. Quando o mesmo rigor não se constata quando determina que ex-diretores da Petrobras corruptos e empresários corruptores desfrutem de prisão domiciliar pelo singelo fato de entregarem parceiros do crime. Pensando no país que resultou do golpe, permitiu que Renan Calheiros, réu no próprio Supremo por desvio de recursos públicos (peculato), continuasse à frente do Senado para poder aprovar a PEC 55, que congela os gastos com Saúde e Educação, mas livrando de seus males o Judiciário, o Ministério Público, as Forças Armadas, o próprio Congresso, dentre outros torpes aliados, privilegiando os banqueiros e descarregando todo o seu poder malévolo nas costas dos trabalhadores, aposentados e pensionistas. O Supremo, como mais um aliado do Sérgio Moro, se integra à cadeia dos responsáveis pela crise que assolou o país e que nem se compara com a situação do Brasil de Dilma, em prol da quimera de acabar com a corrupção no país, e que bem pode enterrar a nação, em função do monstro da delação ter se tornado incontrolável e descer a ladeira, colidindo com quem, à frente, ousar se interpor. O golpe custou caro por se pensar que bastava depor o governo tachado de corrupto, como se o cidadão brasileiro fosse vacinado contra levar vantagem em tudo, espertezas de todo gênero e a prática dos considerados pequenos delitos, encobertos por um discurso em favor da ética e dos bons costumes, impregnado de indignação.

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Antonio Carlos Gaio
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