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TODOS SÃO CULPADOS ATÉ QUE PROVEM O CONTRÁRIO
A justiça para ser feita tem que se basear nas leis e igualmente encontrar eco nas ruas e satisfazer a sociedade, com o Poder Judiciário buscando por todos os meios a reparação pelos crimes cometidos, sem nunca deixar que o ônus recaia sobre nós, quando permitem que candidatos com culpa no cartório se candidatem às eleições. Nós que saibamos votar e vetar seres imundos nos representando. Mas como, se disfarçam tão bem? Os mestres na arte da dissimulação procuram perpetuar a ignorância. A população insatisfeita com essa escória no Poder Legislativo os considera culpados até que se prove o contrário – Maluf ainda existe para não desmentir a tese. O sistema judicial brasileiro julga a tese produto de mentes autoritárias, própria de regimes totalitaristas, além de não tolerar processos condenatórios irrecorríveis e não aceitar a transgressão do dogma da presunção de inocência até que haja uma sentença definitiva, sobretudo quando está em jogo a suspensão do direito de ser votado. Em flagrante contradição com as fartas exigências quanto ao saber e reputação para ingressar na carreira de juiz e salvaguardar sua autoridade, no mesmo passo que, por diferença de tratamento, acarreta reais prejuízos ao caráter do Poder Legislativo e ao exercício da democracia. Natural por imperar o espírito de realeza em juízes soberanos que não podem ser destituídos de seus cargos nem eleitos.
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Antonio
Carlos Gaio
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