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VIÚVA

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva sob a língua afiada de duas correntes de opiniões que, por convenção, as chamaremos de direita e esquerda, já que os políticos fizeram uma lambança completa com ideologia e princípios.
A direita alega o despreparo de Lula para exercer uma função tão importante, baseada num nível de instrução que comete erros de concordância, dos quais o pior é comer os “s”. À boca pequena comentam que pobre não pode governar rico, que líder sindical não pode mandar em empresário, que retirante nordestino não pode ter ascendência sobre paulista quatrocentão. Todos preocupados em disfarçar a ignorância do preconceito, pois rebaixar alguém não condiz com o nível de civilização alcançado.
– E se governar com a cabeça de rico de modo a não ofender a elite?
Então era melhor que tivesse se rendido aos interesses maiores para não criar falsas expectativas.
– E por que Lula não fez questão de estudar e se formar advogado como Vicentinho?
Para manter a aura de autenticidade que fez jus ao longo de uma epopéia que o tornou um mito como Lech Walesa.
– O mito de ter sido um peão que os marqueteiros transformaram em presidente, desde que abrisse mão de seu discurso raivoso contra a burguesia e da arrogância revolucionária contra os latifundiários.
Para alcançar o poder, deixando de ser o que foi.
A esquerda alega traição com uma política econômica em que Malan e Palocci representam uma igualdade matemática em que Lula deu o ponto final, bateu o pé que não volta atrás, pois o ex-homem de mudanças não é dado a inventar.
– Muito menos em economia.
Deseja ver a nossa moeda mais fraca, o real desvalorizado diante do dólar fortalecido, para que as exportações aumentem e alavanquem o PIB, elevando o nível de emprego para ficar de bem com a classe trabalhadora.
– Nada de diferente do que o Bush faz com o dólar em relação ao euro.
O crescimento a qualquer preço, a ponto de sacrificar um símbolo do país como a moeda, incorporando o pensamento primata dos economistas de que negócios e lucro são motivo para guerra, faltando escolher as armas. Patriotismo, se ainda houver, em último lugar.
– De um pragmatismo político somente superado por perseguidos da ditadura militar que receberam pensões e indenizações fora da realidade, sem precisar do benefício para viver. Todos guardiões zelosos da correta aplicação dos impostos no social.
O meu primeiro, se a Viúva é useira e vezeira em traição.

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Antonio Carlos Gaio
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