O que está por detrás da notícia em rápidas palavras
  
  
Arquivo
Arquivo
abril 2024
D S T Q Q S S
 123456
78910111213
14151617181920
21222324252627
282930  

TRUMP E SEUS ELEITORES QUEREM DE VOLTA O QUE OS ESTADOS UNIDOS TINHAM DE PIOR: O IMPERIALISMO DE ANTES

Foi providencial o meu bíceps operado ter retardado (incapacitado para digitar) as impressões sobre a eleição de Trump, pois me permitiu antes assistir ao filme “O Nascimento de uma Nação”, de Nat Turner, que nasceu da vontade de resgatar um capítulo importante do passado dos EUA, que antecedeu a Guerra da Secessão: a pouco conhecida violenta rebelião de escravos de 1831. A confederação dos EUA, como organização, foi construída sobre o racismo e de que, para se manter, deveria existir um opressor e o restante, oprimido. Essa era a ideia da Ku Klux Klan. Passados 185 anos vence a supremacia branca. Num momento que coincide com o aumento dos crimes de ódio, saudações nazistas, mensagens racistas, ataques a minorias, antifeminismo, homofobia e pedidos de limpeza étnica: “Heil Hitler!”. Contra a diversidade social e globalização, ambas indispensáveis quanto ao equilíbrio do planeta, sob pena de torná-las inviáveis. Acumulam-se nos EUA registros de suásticas pichadas em escolas, ofensas a estrangeiros e agressões a pessoas com vestes islâmicas. Se Trump se elegeu com mensagens de ódio e agora tenta se fazer de bonzinho, trata-se de um populista de direita e reles demagogo, típico de republiqueta de bananas, a envergonhar a outra metade da população votante que optou pela Hillary, afora a maioria silenciosa que lava as mãos que nem Pilatos. Trump, feliz como pinto no lixo, de braços abertos para acolher quadros políticos do gênero que deram a vitória à saída do Reino Unido da União Europeia (Brexit), à Europa avassaladoramente contrária em receber os refugiados da zona conflagrada pelo Estado Islâmico, do Esquadrão da Morte instalado na presidência das Filipinas, e dos golpistas que derrubaram no Brasil um presidencialismo que priorizava a política de inclusão e a desconcentração de renda. Os Estados Unidos votaram para voltar ao imperialismo de antes, em que ditavam regras aos países sujeitos à sua influência e imposição – seus satélites, regimes de cabresto. Votaram para tornar a América maior do que antes. Analfabetos políticos que não sentem o cheirinho de retrocesso, próprio da decadência. Basta estudar o fim do império romano que, depois do martírio de Cristo, levou de 300 a 500 anos se desmilinguindo, aos pouquinhos.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.

Antonio Carlos Gaio
Categorias