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A CRISE DO SENADO NÃO É SÓ DO SARNEY, MAS É QUASE

Ambicionar o poder ou não saber ficar longe do poder, a ordem dos fatores não altera o produto. A crise do Senado é do Sarney, pois alega desconhecer os atos secretos e lava as mãos quanto ao passado. O Senado não é só Sarney, mas é quase. Presidiu a Casa no início dos governos FHC e Lula, com a moral de ex-presidente da República e habilidade de quem já prestou tantos serviços à nação e faz jus a gozar das delícias da cultura da cúpula palaciana. Afinal de contas, deu cobertura à ditadura militar, desde o golpe de 1964, e saltou do barco a tempo em 1985 para impor seu nome a vice de Tancredo Neves. Posteriormente, revezou-se com ACM e Renan, à frente do Senado, ambos de profunda identidade com o seu perfil oligárquico. E agora, em seu terceiro mandato, desce escadaria abaixo numa enxurrada de atos secretos que o flagram no desabusado uso de nepotismo, dentre outras denúncias que agravam a crise do Senado, a ponto de se pensar em fechá-lo para balanço. Logo o Senado de Virgílio e Agripino que, enlameado, deseja investigar a Petrobras, quando não é Álvaro Dias que se escandaliza com o comissariado e a aparelhagem do PT no Poder Executivo, mas nem se perturba com o rodízio de caciques políticos e com o caso de polícia em que se transformou o Senado. O pânico é generalizado quanto à entrada da Polícia Federal e do Ministério Público no Senado para investigar os atos secretos que comprometeriam a maioria dos senadores.

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Antonio Carlos Gaio
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