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A REVOLUÇÃO DO AMOR

Eis o revolucionário de carteirinha, ó:
passa a faca de mentira em rinha de galos.
Cocorocó.
Pisa no calo e põe o falo na mesa,
mas come de bandeja entregue na cama.
Reclama, se inflama. Acha que faz revolução,
mas revolta só não, não faz.
Ele quer mais?
Me parece que se compraz em só espernear,
mas perna nele há pra quê?
Para ir ao bar beber?
Embeber-se em torpor,
tentar esquecer a dor?
Aonde for, se junta aos do contra
e acha todo mundo careta.
Eu faço careta pra essa gente
que adora apontar pra frente
e não apronta pra dentro
pensamentos autorrevolucionários
Você pensa que sou otário?
Tá, eu rio e meu Rio não é só de janeiro.
É do ano inteiro e desemboca no mar.
Se, repito, se eu pulo é pra me jogar, mergulhar.
E não ficar na superfície.
Super difícil é lutar estando
no meio do território do inimigo.
No seio do problema.
Não fora, criando emblemas.
Usando só discursos e temas.
Diz: curso lhe falta?
Acho que não. Falta prática.
Sim, sou enfática.
Isso não é matemática,
nem brincadeira.
Não quero cadeira para sentar.
Luto ao andar.
Sentir no ar a rebeldia é mesmo uma alegria
e também alergia.
Ela coça, você até se esforça,
mas nada de se embrenhar na roça,
de enxada na mão, né?
Enche cada vez mais meu saco, pode encher.
Ele não é de plástico, é reciclável.
Recicle-se em pessoa amável
e trave sua guerra sem menosprezar.
Menos não preza, nem reza.
Então me entrega, me dá tua mão.
Revolução é a do amor.
E seja o que for, 
Revolução não é separar não.
Revolução é união.
“I have a dream”…
Aí ela pensa e abre a janela.
Viva Luther King!
Viva Mandela!

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Antonio Carlos Gaio
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