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AUTOSSABOTAGEM

Sempre corremos o risco de surgir alguma entidade obsessora e nos invadir para promover a autossabotagem ao longo de nossa encarnação. 
Para cada vez mais nos desacreditar, fraturar nossa confiança e abalar nossa autoestima. Para solapar nossa base de apoio. Quebrar as poucas certezas que firmamos a duras penas. Abrir o chão diante de nós e ameaçar de nos sugar.   
Para muitas vezes não haver inimigo algum, nenhuma conspiração à volta, sequer um segredo para nos derrubar, e até as interrogações não dão mais o ar de sua graça. 
A autossabotagem é tão cruel e ferina que, embora saibamos que no inverno é necessário se agasalhar, a gente se expõe à friagem para ficar doente. Com dor de cabeça e inerme. Para que a culpa nos ataque e nos submeta a uma razão implacável que não perdoa desatinos.  
Ainda mais por não desconhecermos que só nós podemos promover mudanças na nossa própria vida, e de mais ninguém. No entanto, agimos como se nos esquecêssemos completamente dessa percepção que nos assalta todo dia. 
Por que geralmente mais nos faltamos quando só temos nós para nos valermos de nós mesmos? 
Que estranha escolha é essa de cultivar abismos ao invés de valorizarmos nossas próprias asas? 
À custa de tanta autossabotagem, a que ponto chegamos quando gostamos tão pouco de nós! Porém enxergamos nos outros um conjunto de qualidades que admiramos e nos satisfazemos. 
Por que, quando estou mais perto de mim, constantemente eu me afasto? Por que sermos tão vulneráveis, se em outras ocasiões críticas conseguimos reagir e ser tão fortes? 
Se o ser humano é frágil e influenciável, também pode ser divino. Basta usar sua centelha sublime e pulverizar essa autossabotagem que o assola. Todavia tudo passa, o que queremos e o que não queremos que passe, se a tristeza e o alívio coabitam no espaço desta certeza.

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Antonio Carlos Gaio
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