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CAPÍTULO CXXVII – A TEMPO DE CORRIGIR

Com que frequência absurda eu cada vez mais retorno ao passado para inutilmente tentar modificar pequenos gestos, determinadas atitudes, na verdade, condutas, ao me lembrar perfeitamente do quão errado fui em determinadas situações, algumas especificamente até quando morei no exterior. Incluindo até chiliques com 8, 9 anos de idade. Hoje, quando tenho a oportunidade de constatar erros, procuro não titubear e vou até lá, modificando meu ponto de vista e confessando meus deslizes. Nada a ver com ser cristão e me investir numa pessoa muito boa. Seria muita pretensão! Como é que vou me achar uma pessoa muito boa? Se só eu sei os vacilos cometidos e os pensamentos nada alvissareiros dirigidos a quem eu desgosto, ou faço reparos, mas que eu não consigo reverter!
Um segredo guardado a sete chaves que só com Deus posso compartilhar. Ou melhor, se só Deus sabe até onde eu poderia ir se saísse mundo afora a corrigir erros que costumamos acumular ao passar das horas. Se todas as realizações humanas possuem características e marca próprias. Se todos exibimos um sinal de identificação a olhos atentos.
Prosseguindo a intervenção espiritual, sem ainda ser presencial na Fundação Marietta Gaio e realizada na residência de cada médium e de quem se encontra sob tratamento, segundo o calendário da Fundação, com todos obedecendo ao regime de confinamento em face da pandemia do coronavírus, a centésima vigésima sétima intervenção espiritual, em 20 de novembro de 2020, efetivou-se sob a égide da leitura de “Vinha de Luz”, 37 (“Orientação”) e estudo preliminar do capítulo 21 (“Haverá falsos cristos e falsos profetas”), item 4 (“Missão dos profetas”) do livro de Allan Kardec, “O Evangelho segundo o Espiritismo”.
É comum atribuir-se aos profetas o dom de revelar o futuro, mas tem um sentido mais amplo conforme o atribuído a Jesus Cristo: enviado de Deus com a missão de instruir os homens e lhes revelar as coisas ocultas e os mistérios da vida espiritual. Por isso, quando Cristo foi levado perante o sumo sacerdote Caifás, e instado a profetizar, permaneceu em silêncio até deixar subentendido que era filho de Deus, assentado à direita do Poder e sobre as nuvens do Céu. À interpretação de blasfêmia, escribas e anciãos, reunidos no Sinédrio, supremo tribunal judaico, logo partiram para Lhe cuspir no rosto e esbofeteá-Lo. Onde já se viu tamanha pretensão de reunir os filhos de Deus que andavam dispersos? Viam com temor qualquer reformista ou líder religioso que pudesse vir a negar-lhes sua própria legitimidade de governar, ou que incitasse uma rebelião aberta contra a ocupação romana.
Se eles soubessem que a conversão seria realizada em nome do Espírito Santo de Cristo, aí mesmo é que manteriam o martírio da crucificação. Contudo, as marcas de Cristo não correspondem apenas às da cruz, mas também às de sua atividade como peregrino, a fornecer àqueles que cruzavam sua trajetória padrões educativos de todas as particularidades possíveis e inimagináveis, que provocavam reflexão e repercutiam sua passagem pelo mundo.
Abrindo meus olhos para, ao terminar de cada dia, passar em revista as pequeninas experiências sofridas com quem partilhei na estrada vulgar de meus percalços. A tempo de corrigir.

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Antonio Carlos Gaio
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