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CHOQUE DE ORDEM DA NATUREZA EM FRIBURGO, TERESÓPOLIS E PETRÓPOLIS

O aquecimento global em marcha exala mais vapor que aumenta a precipitação e, em consequência, a carga pluviométrica, por vezes escolhendo vítimas como Friburgo, Teresópolis e Petrópolis, na região serrana do Rio de Janeiro, para dar vazão à sua fúria e descontentamento com a raça humana. O dilúvio que cai dos Céus não encontra mais um terreno que o absorva; ao contrário, dissolve a terra como a uma farinha láctea, transformando-a num mingau em curso. Sé é que não derrete a terra em si por não se distinguir da lava de vulcão em sua trajetória avassaladora, queimando vidas sem dó nem piedade. O deslizamento ladeira abaixo também reflete que a terra não está nem um pouco a fim de continuar a sustentar pedras, que adoram rolar e arrasar tudo que tiver a audácia de se postar à sua frente. Inclusive as árvores, as eternas sacrificadas, oferecidas em holocausto para saciar a ira da deusa Natureza. Formando uma avalanche que arrebenta com tudo que se interpõe no caminho, como um rojão equivalente a um míssil que destrói o mundo animal, vegetal e mineral, cuja imagem final da devastação se assemelha a um terremoto, tal o grau de rancor com que se lançou sobre a natureza humana para evidenciar seu choque de ordem. Um rio desgovernado criou-se através de águas que se acumularam procurando um leito à altura para escoar, mas que só se depararam com obstáculos trazidos pelo progresso material do homem. Levando de roldão pobres que levantaram moradias à beira do rio, nas fraldas de morros, em encostas ou mesmo no meio da mata. E ricos que construíram suas mansões no cocuruto de montanhas, desbastando terras e a vegetação plantada por Deus para ser perene, abrindo áreas de risco para a enxurrada se servir à vontade, perante a ignorância do ser humano. Ambos perderam tudo, inclusive as vidas. É a hora em que ricos se igualam aos pobres.

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Antonio Carlos Gaio
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