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CORONEL TENTOU ESCONDER OS CRIMES DA DITADURA, MAS DEUS É GRANDE!

Diante do receio generalizado de tratar dos crimes perpetrados pela ditadura militar em nível de Joaquim Barbosa, pairava dúvida sobre se o castigo aos torturadores viria em vida. Pois está a caminho. O coronel reformado do Exército, Julio Miguel Molina Dias, foi assassinado aos 78 anos, não se sabendo se justiçado por remanescentes da luta armada ou se queima de arquivo de caráter corporativo. O motivo: literalmente o arquivo do minucioso coronel com 200 páginas carimbadas com “confidencial” ou “reservado” sobre o desastroso atentado no Riocentro em 1981, levado para sua casa com preciosos pormenores da sigilosa rotina do DOI-Codi do Rio de Janeiro, o qual comandava à época. A primeira evidência no exame dos documentos foi a de desaparecer com pistas que seriam reveladoras do caráter do regime militar, forjando o cenário do Riocentro para fazer com que as explosões parecessem obra de guerrilheiros esquerdistas. São ordens e contraordens redigidas do próprio punho do coronel Molina, inclusive com horas e minutos, para evitar que a versão real dos fatos viesse à tona. O coronel pensava em levar consigo esses papéis para o Plano Espiritual, talvez para lá melhor esconder seus crimes ou ser julgado por uma mente mais elevada. Mas acabou morrendo abraçado a esse calhamaço de papéis, do qual constava uma relação de bombas e artefatos explosivos guardados no paiol do quartel, tanto para destruição coletiva como individual. Menos mal que suas filhas deram conhecimento público no que o Exército se transformou durante a ditadura através do malfadado arquivo, livrando-se da alma doente do pai. Amém.

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Antonio Carlos Gaio
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