É mais difícil administrar o Estado de São Paulo do que o Brasil de Lula, quem garante é José Serra, confirmando a impressão deixada por FHC no primeiro ano de mandato, quando afirmou que era moleza governar o país tropical. A soberania com que os paulistas se investem de maiores e mais importantes, na locomotiva que puxa os vagões, no sacrifício com que emprestam o seu tirocínio para sustentar as demais províncias. Estimulando Maluf a dar conselhos patrióticos a Lula de como adotar uma política de juros não recessiva, baseado em sua larga experiência de depositar lucros no exterior.
Venha governar a Cidade Maravilhosa para ver o que é bom pra tosse. Quem sabe se não nos proporciona uma disputa emocionante com Ciro Gomes, que namora a Patrícia Pillar e o Rio? Consulte sua companheira tucana Denise Frossard, que teve uma arma encostada no ouvido por um bandido que levou seu BMW, com toga, martelo e tudo. Pensou haver chegado sua hora, o ajuste de contas de bicheiros que ela condenou, causando o maior auê no meio. Depois de ter levado uma rasteira, do alto de seus 380 mil votos para deputada federal, do sempre vivo Marcello Alencar, que fulminou sua candidatura a prefeita.
É preciso que o político pare com essa mania de achar que tudo é fácil. Que governar é apenas uma questão de inteligência. Tente andar no meio da rua ao sabor de balas perdidas, enfrentar filas de posto de saúde e bancos, viajar em pé em ônibus apinhados, encarar o empurra-empurra.
Difícil é enfrentar a superstição do povo de Casanova, no norte da Bahia, que decretou feriado na primeira segunda-feira de agosto, uma tradição de mais de 100 anos. Dá azar trabalhar no dia do desgosto, pouco importa se carimba o folclore de que baiano não gosta de pegar no batente.
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