O que está por detrás da notícia em rápidas palavras
  
  
Recentes
Arquivo
Arquivo
abril 2024
D S T Q Q S S
 123456
78910111213
14151617181920
21222324252627
282930  

ELEIÇÕES 2018 – BOLSONARO SE DECLARA DITADOR DO BRASIL

Tudo começou quando Fux, como ministro do Supremo Tribunal Federal e do Tribunal Superior Eleitoral, assegurou que as fake news não passarão. Bolsonaro e família já tinham acertado o patrocínio de empresários aliados que irão ser beneficiados em seu governo. Através do uso de caixa 2, terceirizaram empresas especializadas no disparo de fake news no WhatsApp, que guindaram o candidato da extrema-direita ao primeiro lugar na disputa, graças à metodologia importada da quadrilha de Trump em troca do Brasil favorecer os EUA em qualquer espécie de negociata internacional. O suficiente para o TSE impugnar (cassar) a candidatura de Bolsonaro, mesmo que eleito, conforme claramente consignado na nova lei eleitoral aprovada como consequência da Operação Lava Jato e que proibiu o financiamento de campanhas por pessoas jurídicas. Impugnar sim, mas com que moral? Pois não é que o colunista Merval Pereira subiu nas tamancas e lembrou que Dilma foi inocentada por uso abusivo de caixa 2 em sua campanha, abrangendo valores muito mais altos (antes da tal lei). Merval já defendia, em nome da Globo, a primazia da verba publicitária no governo Bolsonaro, em vista das TVs Record, Band e Rede já terem saído à frente. Eis que um vídeo do filhote da ditadura, o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL – SP), de 9 de julho, surge propagando que, para fechar o Supremo, bastavam um cabo e soldado: quem irá fazer manifestação popular em defesa de um Gilmar Mendes preso? Com que moral? – silabou entre dentes. A ministra Rosa Weber, diante do descalabro, se acovardou e afinou. O cala a boca já morreu, alardeado pela ministra Cármen Lúcia, demonstrou que já reencarnou. Ainda mais que o general Eliéser Girão, eleito deputado pelo PSL do Rio Grande do Norte, propôs a prisão de ministros do Supremo que soltassem condenados por corrupção. Algo semelhante só nas Filipinas ou em tribunais regidos por ortodoxos princípios islâmicos. Até que na tarde do domingo de 21 de outubro de 2018 (data histórica), Bolsonaro dispara um dos discursos mais violentos desde o início da campanha eleitoral e se lança como o primeiro ditador do Brasil eleito pelo povo. Diretamente do Rio de Janeiro, o capitão entrou ao vivo pelo telão durante manifestação na Av. Paulista, em São Paulo, gritando o seguinte a plenos pulmões, em pé, no quintal de sua casa, a revelar uma saúde invejável e apto, portanto, para debate na TV a que fugiu: “Vamos fazer uma faxina para limpar o Brasil das pessoas que discordarem de mim. A faxina agora será muito mais ampla. Os marginais vermelhos serão banidos de nossa pátria. Essa turma, se quiser ficar aqui, vai ter que se colocar sob a nossa lei. Ou vão pra fora ou pra cadeia.”. Em seu discurso, ameaçou prender Lindbergh Faria e Fernando Haddad, além de afiançar que Lula iria apodrecer na cadeia. Também aproveitou para reafirmar que todos os movimentos populares seriam criminalizados e citou o MST, Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra, e o MTST, Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto, como exemplos de movimentos que deixariam de existir. Manifestar-se será considerado terrorismo e coibido com a lei de pau no lombo. E se alguém for contra o que ele prega, o cidadão irá fazer companhia ao cachaceiro de Curitiba preso pelo juiz Moro.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.

Antonio Carlos Gaio
Categorias