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“EU VOU MATAR A COBRA NA CABEÇA”

Panfletos anti-Dilma foram encontrados em São Paulo fazendo um apelo para que os eleitores não votem em quem é a favor do aborto e assinado em nome da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) pelo bispo de Guarulhos, que já havia escrito artigos contra a candidatura petista nos meses de julho e agosto. O bispo Dom Luiz Gonzaga, de 74 anos, não teme punições por incorrer em crime eleitoral em vista de que se integrou à campanha do Serra e distribui folhetins políticos em missas: “Eu vou matar a cobra na cabeça. O direito à vida é o maior direito humano. O aborto é atitude covarde e criminosa”, afirmou. E se uma mulher chegar passando mal em um hospital, em consequência de um aborto clandestino, o Estado irá cuidar de sua saúde ou vai mandar prendê-la? Para que a Igreja se meter em disputa política, se o comunismo se extinguiu, a Teologia da Libertação foi abolida e o teólogo Leonardo Boff execrado? Por que essa intolerância de bispos e párocos a tudo que se refira a sexo, seja com aborto, anticoncepcionais, fidelidade no casamento, liberdade sexual na escolha de um parceiro, prevenção contra AIDS e em favor da castidade no seu meio? Se, preocupado com a enxurrada de acusações sobre pedofilia na Igreja, o Papa Bento XVI proclamou a canonização da freira Mary MacKillop que, ao denunciar o abuso sexual de um menino por um padre irlandês, fora excomungada. Ela ajudava os pobres e educava as crianças numa Austrália rural de 1871 e o processo de canonização se encontrava emperrado desde 1926.

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Antonio Carlos Gaio
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