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MONEY MAKES THE WORLD GO ROUND

Só em inglês é que se pode entender melhor porque o globo gira, o mundo caminha e a gravidade da força que nos permitiu andar sobre duas patas e deixar de ser amorfo e nunca tomar partido em nada.
Charles Darwin foi o primeiro ser humano que lançou uma bomba por sobre as nossas cabeças, antes mesmo de ter sido inventada. Ao afirmar que evoluímos de macacos, em vez de termos sidos criados à imagem e semelhança de Deus. Ao correr das eras, obedecendo ao princípio da seleção natural.
Pastores e fiéis mal sabiam, em seus veementes protestos, que o dinheiro seria a mola propulsora da seleção natural entre os homens que sabem crescer e se desenvolver com o vil metal e aqueles que põem tudo a perder. Através de um caráter injusto e cruel, o mundo sob a forma de maçã dividiu-se em quatro bandas: o self-made man, o falido rico que transforma em pó seu patrimônio, o pobre que labuta a vida inteira e consegue construir sua casa, e aquele que desperdiça todas as chances que lhe aparecem por nunca se encontrarem à sua altura.
Foi Keynes quem inventou a primeira corrente de felicidade, consagrando o princípio de o dinheiro circular ao máximo, apostando numa economia que, se garantido o emprego, todos alcançarão o bem-estar e as classes sociais brigarão menos entre si. E o mundo continuaria a girar, nos eixos, porque a vida segue em frente, precisamos cada vez mais de trabalhar para viver, a receita da felicidade dentro de uma família globalizada.
Sidneya de Jesus fazia das tripas o coração para que a temporada de um bandido na cadeia não equivalesse a uma clínica de relaxamento. Era uma mulher recatada que tinha sob seu comando os mais perigosos traficantes e seqüestradores do Rio de Janeiro. Com o salário de 1.150 reais por mês e sem sombra de mácula, administrava o presídio de segurança máxima Bangu 1, disposta a encarar a teia de corrupção que permite aos bandidos uma série de privilégios, dentre eles o de continuar comandando seus negócios atrás das grades. Mexeu em casa de marimbondo quando proibiu o uso de celular por parte de detentos, agentes penitenciários e advogados dos facínoras, sendo assassinada a sangue-frio, quando instalou escutas nas salas do parlatório.
O celular, o ícone da globalização, substituiu a menina dos olhos de ouro da Marinha, o famoso submarino. Se tornou tão fácil construir um hoje que os narcotraficantes colombianos, associados à máfia russa, já se preparavam para estourar uma garrafa de champanhe no casco e realizar sua primeira partida de 20 toneladas, conduzida por uma tripulação de apenas 4 pessoas, quando foram pegos com a mão na botija. Tão mais fácil negociar boca a boca com o falido governo russo, dono de uma admirável frota submersa, posta em liqüidação por conta de uma guerra fria que ruiu, arruinou e homogeneizou o planeta no tom pastel, com caras e boca ávidas pelos 15 minutos de fama.
Todavia, quem semeia, colhe. A produção de alimentos bateu no teto a despeito de apocalípticos e malthusianos economistas que só enxergam o negrume que paira no ar, embalados na modorra burocrática da descrença. Coitados, ainda não foram apresentados ao carioca De Rose, dono da mais bem-sucedida rede de academias de yôga do Brasil – 8 mil alunos que pagam 250 reais de mensalidade. O yôga de De Rose faz a diferença, pratica o sexo tântrico, desprezado entre os praticantes da ioga. Concentra-se no hiperorgasmo, sexo bom é aquele que demora séculos para chegar ao clímax. Retardar, ao máximo, o êxtase, produz uma sensação maravilhosa e indescritível, induzindo o aficionado a fazer mais e mais sexo, e casar-se entre si.
Reconforta haver nos descaminhos da globalização a possibilidade de comungar com irmãos que se encontram em nível mais evoluído e que colocam seu esforço e progresso a serviço da comunidade.

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Antonio Carlos Gaio
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