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NÃO CHORE, ISINBAYEVA!

A mais incomparável musa do atletismo, dona de nada menos do que 26 recordes mundiais no salto com vara, a russa Yelena Isinbayeva errou ao tentar ultrapassar o sarrafo em 4,80 m, por três vezes. Quando a melhor marca do planeta é sua, nos distantes 5,05 m. O ser humano falha ao se deixar ficar aturdido pelas luzes da fama. Envaidecido por ter enriquecido sua trajetória com brilhantismo e sair do anonimato, pensa demais em sua vida pessoal, com muito orgulho. O direito de ser feliz confunde-se com a falsa esperteza de aproveitar a época das vacas gordas. A glória cega, apequena a intuição e limita a explosão da partida, pernas e braços ficam pesados, quando não apaga o brilho do talento se o astro perder a concentração no esporte em que é notável. Ronaldinho Gaúcho foi abatido próximo de alcançar o pódio dos melhores de todos os tempos. O Fenômeno, duramente atingido nos dois joelhos e pelo apagão mental no dia da final da Copa do Mundo de 1998, sofre a dor de seus últimos momentos como ídolo em confronto com a nostalgia do garoto de Bento Ribeiro, se enchendo de pipoca e chupando picolé. Saber se retirar do picadeiro do circo é uma arte, pois se corre o risco de Isinbayeva: “vou me lembrar dessa derrota pelo resto da minha vida!”. E as vitórias foram para a gaveta. Muitos lamentam sua pouca sorte na vida. Sem se incomodar um minuto sequer com a sorte madrasta, que vem e arrebenta. Desejam a sorte a qualquer preço. Em nada os abalou a desilusão de Isinbayeva – lágrimas secam. Sua fisionomia linda e bem traçada tornar-se-á iluminada e os animará ao sucesso.

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Antonio Carlos Gaio
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