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NÃO HÁ DESPERTAR DE CONSCIÊNCIA SEM DOR

Nem Freud, além da alma, chegou tão longe no inconsciente quanto Jung. Sem que se refira ao inconsciente coletivo de Jung, que permeia nossa viagem espiritual ao longo dos tempos. Nem que se recaia em desdouro à leitura sobre o sexo proporcionada por Freud nem à sua psicanálise, que almeja ir ganhando maior consciência para se viver com menos angústia e espírito íntegro – a prova viva é o divã e o que dele se extrai. 
É que não há despertar de consciência sem dor, segundo Jung, insuspeito espírita e mestre na espiritualidade, o cerne de sua divergência com Freud. O psicanalista da alma afirma que as pessoas fazem de tudo, chegando às raias do absurdo, para não ter de encarar sua própria alma em toda a sua extensão. Dir-se-ia até negando-a ou restringindo a um mero estado de espírito ou a um superficial saber viver que, convenhamos, é muito trivial para abarcar a dimensão de um ser humano. 
Ninguém se torna um iluminado por se expressar de forma mais clara ou por atrair mais luzes à sua clarividência ou por fazer o sol intensificar sua resplandecência, e sim por tornar conscientes os laivos da escuridão em que nos refugiamos – mais uma vez Jung assina. 
Senão trevas a que nos entregamos. Até por não nos apercebermos de certas circunstâncias à nossa volta ou por agir sem apurar o sexto sentido ou, principalmente, por não repercutir de que a alma se ressente, concluindo por tudo se encontrar sob nosso pleno domínio. De forma autossuficiente. Como se fôssemos semideuses.  
Em suma, por não nos esforçarmos em adquirir mais consciência a respeito do que regula nossa alma, subestimamos o mistério que cerca os nossos passos e menosprezamos, em atitude acintosa, a maneira como Deus rege o nosso plano pelo pernóstico motivo de simplesmente desconhecer Suas razões. E por não haver nos consultado para saber se queríamos ingressar nesse mundo injusto para o qual nada colaboramos para ter ficado assim. Quem Ele pensa que é?
Aliás, se dependesse de nós, o mundo estaria muito melhor! Ah, se fôssemos Deus! O que atrapalha é termos nascido inconscientes, sem discernimento, cegos no enxergar longe, necessitando perder tempo para aprender a formar, em espírito, interpretações ou pontos de vista. Mas nem por isso deixarmos de ser pretensiosos e orgulhosos de nossa inteligência, que sonha com outro mundo que não esse. Baseado no seu livre-arbítrio, que costuma desdenhar a companhia da humildade.
Quando o mundo gira em torno da consciência. Até para atinar quem é você, o que representa nesse plano, qual a sua missão por realizar. Para não se restringir a viver burocraticamente e não disputar a primazia com Deus.

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Antonio Carlos Gaio
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