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NÃO PODEMOS DEIXAR PARA FAZER ALGO QUANDO ESTIVERMOS MORRENDO

Nos ensinam, desde pequenos, a não dizer tudo que pensamos. A não ser tão sinceros. A não chorar tão alto, aos prantos, quando algo nos é surrupiado e não podemos reagir por ainda não termos força, quiçá coragem. Vamos nos reprimindo aos poucos ao não pôr pra fora o que se passa em nossa cabeça por medo de criar situações embaraçosas, como dar risadas escandalosas a respeito de cenas ridículas que presenciamos. Ou comentar sobre o assunto com chacotas inomináveis. 
Nos ensinam a não reclamar da realidade que não se adequa aos sonhos. Mas como? Se sonhamos dormindo ou acordados, no trajeto do ônibus, se andando, em pleno trabalho, o tempo todo! E vamos ingressando no grande conflito que é o mundo, o Universo. Até darmos sinais de que começamos a amadurecer, quando caímos na real. Tornamo-nos contidos. Perdemos a espontaneidade. A duvidar se devemos andar descalços, a tomar banhos de chuva, a gargalhar relinchando, se pulamos ou não no pescoço de quem amamos e lhe tascamos um beijo estalado. 
No lugar da emoção desregrada e da falta de juízo, a razão acima de tudo. A condição que distingue os racionais dos irracionais. A capacidade de organizar nossas ações de modo lógico e racionalmente planejado. Desgraçadamente, vamos ganhando tempo, enquanto envelhecemos, para não fazer o que deveríamos ter feito. Sobrevêm as rugas, as dores nas costas, o eixo do equilíbrio, o sobrepeso e os cabelos rarefeitos. A inevitável visão cansada, a perda no brilho dos olhos, o sorriso se apequena ou mesmo escasseia, a esperança se vai – ou se esvai. 
Não podemos deixar para fazer algo de relevante na vida quando estivermos morrendo. Pode ser tarde. Não convém arriscar.

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Antonio Carlos Gaio
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