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O ESPÍRITO FALA MAIS ALTO

Por que no curso da vida a marca da obstinação em nos ensinar através dos erros? Por que insistir tanto em nos sabatinar para verificar se aprendemos a lição direito? Por que a recorrência a tantas situações? Se não fora porque estamos aqui para evoluir e necessário se faz ir em frente.  
É muito bom ter um passado a que recorrer para construir uma bela página de nossa história, porém a vida continua e muitas vezes, para que possamos nela avançar, há que achar espaço para que o novo se sinta convidado a se aproximar. Se não aprendermos a nos desprender do antigo, formaremos em nós crostas que nos tornarão mais rígidos e propensos a soprar para longe propostas promissoras, que vêm com uma aparência não muito estimulante justamente para nos testar. Como costumamos guardar um pé sempre atrás, a visão fica embaçada e deixamos passar a oportunidade.
Não é raro ensejar-se a oportunidade de recomeçar um caminho outrora abandonado, todavia impossível de ser refeito nas mesmas condições do passado. Lá atrás teve até o seu momento, suas marcas permaneceram indeléveis, mas é na direção do horizonte para onde devemos nos dirigir. 
Senão, o que agregamos à nossa existência cola-se em nós numa simbiose indissociável da alma se apegar às coisas que adquiriu, em consequência ao que o coração tanto desejou, a ponto de um não poder viver sem o outro. Portanto, o nosso apego ao concreto é tão coerente quanto o fato de nossa vida ser farta em acontecimentos, por mais que tentemos diminui-los – posto que são tangíveis e materialmente comprováveis. 
Há quem sonhe abraçar o mundo inteiro, mas quando a hora final bate à porta, é irreversível. Não adianta chorar no muro das lamentações, há que largar tudo que possuímos. O que precisamos aprender é saber reconhecer o que ficará, principalmente depois de nossa partida, e distinguir o que realmente nos enriquece. O valor do que somos é muito maior que o do que possuímos. Ainda mais que o nosso apego à matéria apenas nos deu a falsa ilusão de que existimos, de fato. Quando é o espírito que fala mais alto.

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Antonio Carlos Gaio
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