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O MAR NÃO ESTÁ PRA PEIXE NO EGITO

Dizem que foi um golpe no Egito para depor o ex-presidente Mursi por estar implantando uma república ao caráter islâmico que, de democracia, passava longe. Não é à toa que se chamam de Irmandade Muçulmana. É raro um país muçulmano não autoritário donde se pode gozar da liberdade de expressão e aproveitar a diversidade de costumes – para não dizer nenhum. Quando o combinado nos dias de fúria para depor o ditador Mubarak, que gerou a famosa Primavera Árabe na praça Tahrir, foi o de instaurar uma república laica. Mas como, se as igrejas cristãs e coptas (os que descendem do povo do antigo Egito) estavam sendo incendiadas e os fiéis alvos de perseguição? O que deu margem a surgirem milícias civis nos bairros anti-islamitas e se aliarem aos militares e aos policiais, dispostos a perseguirem e trucidarem os fiéis de Alá. Quem hoje está no poder é o braço armado no Egito. Ditadura por ditadura, não faz diferença. Quem tem razão? Se os laicos só funcionam na paz. Se é um tal de deter e revistar para saber de que lado o cidadão pertence. E assim foi na escalada da al-Qaeda para saber quem não era muçulmano ou era americano e degolá-lo. O equilíbrio dessas forças antagônicas era obtido através da coerção e da violência no tempo de Mubarak, pois não pretendeu buscar uma convivência pacífica de seu povo. Não muito diferente do estado de guerra entre palestinos e judeus. Não muito diferente da Síria entre alauítas e xiitas em guerra contra a maioria sunita. Não muito diferente do Iraque entre a maioria xiita e sunitas saudosos de Saddam Hussein. De onde mais? Não é à toa que as pessoas são acometidas de crises de amnésia ou de mal de Alzheimer.

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Antonio Carlos Gaio
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